O Gosto da Terra
Em muitos momentos da vida sou sensibilidades. Especialmente se envolvem o viver... o bem viver.
Absorver encantos incomuns da natureza é infinitamente mais prazeroso para quem habita grandes cidades, e assim o foi comigo ao ver pela primeira vez um campo de algodão. Assim o foi ao ver, também pela primeira vez, uma plantação de aipim. No último exemplo, uma experiência ampliada porque também tive a chance de colhê-lo... e prepará-lo. E saboreá-lo às lágrimas (o digo sem qualquer exagero), agradecendo ao Criador pela sua extrema generosidade conosco.
A terra pura, sem interferência humana, acrescentou uma cor e sabor especialíssimos à raiz e o resultado posso comparar a um refinado tempero de qualquer grande Chef. Mas era apenas a terra. Abençoada terra!
Minhas lágrimas foram pela constatação de como esquecemos da simplicidade, do que pode nos bastar. Do quanto complicamos e buscamos para além do que necessitamos. Um terreno aos fundos de uma casa oferecia quase tudo o que a Natureza pode propiciar para existirmos, mas acabamos por esquecer como tudo pode ser tão... simples.
Apenas mais simples.
A terra é mãe e, quando bem tratada, oferece o seu melhor sem nada cobrar, a não ser o mínimo cuidado para que possa cumprir seu ciclo e nos ofertar vida em retorno. Para ela, minha Gratidão!
[Às vezes
sou exclusivamente
sensibilidades... E me debulho...
Imagem: Arquivo Pessoal