ACADEMIA. RELEVÂNCIA E EXCELÊNCIA NO TEMPO. DEDICO AO NOSSO GRUPO ACADÊMICO.
Se livrar por texto livre da responsabilidade de interpretar, é uma irresponsabilidade responsável.
Foi sempre assim. Isso é possível? É o que vemos. Nesse hiato de oposições existe uma lógica aceitável?
A imanência da liberdade de expressão caminhou para tanto. Posso achar irresponsável determinada manifestação, mas isso não achou a maioria no mundo da expressão quando legitimou como um dos maiores direitos o da “livre expressão”. A barreira muitas vezes ultrapassada é o direito de terceiros.
A interpretação que se expressa é livre em hermenêutica, e o é assim para o mais poderoso intérprete, o aplicador das normas de regência social. O magistrado. Mas persiste o vínculo legal.
Existem limites, a própria lógica universal assentada em lógica estipula fronteiras.
É vista a militância humana frontalmente contra a lógica na recusa dos fatos. Isto de forma fundamentalista nas leis universais suporte de toda a movimentação social. A mais perigosa interpretação da expressão é a que faria ou faz justiça institucionalmente. Último reduto das liberdades responsáveis.
E nada existe além da Academia, de onde e exclusivamente vieram os intérpretes da organicidade social, e dela se formou o pensamento que rege as sociedades. Nunca adminículos lúdicos e diletantes deram azo aos princípios e valores maiores que sinalizam os rumos sociais. O que é simplório se reduz à simplicidade em seu sítio paroquial em que se encarcera. Se satisfaz na satisfação visada. Habita e convive com iguais.
Somente apêndices pontuais remanescem ao lado dos grandes temas vindos da Academia. Servem como elementos da equação.
Da Academia resulta o norte do mundo, dela e de seus partícipes, somente, dela se espera o rumo, não do simplório e arrevesado que distancia-se do correto em regrar.
Por quê?
“Os que nasceram na posse do conhecimento constituem a mais alta categoria dos homens. Os que aprendem e assim chegam depressa a possuir o conhecimento, estão logo a seguir. Os que são obtusos e estúpidos e não obstante limitam o estudo pertencem à classe subsequente.” Confúcio
Qual a razão?
“O homem superior, quando há algo que não estudou, ou quando no que estudou algo existe que não pode compreender, não interrompe o trabalho.”
Sem estudo organizado e profícuo não se vai além do obscurantismo espalhado em poeira sem lastro. É o "rez de chaussée" do francês.
Estamos diante da Universidade de Tomás de Aquino enaltecida e caminhante em Paris, e das assertivas de Maquiavel em “ O Príncipe”. Estudo e responsabilidade nascem na academia. Nenhum acadêmico tem indiferença no que faz, no que produz e no que lança. Por quê? Seu meio militante e questionador de excelências não permite. Não vive ou convive a não ser com seus iguais na consecução de suas atividades.
Nos sites da novel comunicação, fantástico laboratório de semiologia, onde tudo pode surgir, como surge, longe da tradição e de tudo que se quer organizado, nada melhor para avançar e ver o que é na realidade a livre expressão como interpretação. Há de tudo. A antena aceita tudo e amplia sem contenção o espaço manifestado.
É possível ver um pouco mais, muito pouco nessa ambiência onde pouco se produz, depois de navegar humanidades em confronto, praticamente de todas as relações do convívio, arbitrando conflitos inimagináveis visíveis e protagonizados. Lá estão em embate os adminículos humanos.
Estão lavrando terras desconhecidas, desconhecidos, e pior, alguns egressos de Academias mal cursadas , postas disponíveis para o que é pessoal, e nada se colhe dessa semeadura, a não ser negatividades.
Por quê? Não se inverte o que é lógico, não se encontra o absurdo onde a evidência está dominada pela inteligência mínima. O intérprete acadêmico tem que seguir a Academia, dela chegou a excelência do pensamento, nada de diletante ou lúdico que forma o simplório, um outro espaço de acontecimento que não marca conquistas que conduzem a sociedade no que é correto ou não, legítimo ou ilegítimo. Valores que estão ligados à seriedade. Não são atividades desnecessárias, ao revés, formam a espinha dorsal social.
Na Academia estão estes espaços mais nobres frequentados pela inteligência. A inteligência, o discernimento, é a maior faculdade humana, fez a humanidade com todas suas mazelas sair da primeva condição de lutar para sobreviver, pela força, para lutar e para viver pelo direito de ser pessoa.
“Estudar sem refletir, é perder tempo; refletir sem estudar é perigoso”
É o que se vê disseminado prosperar, o niilismo.