Falta tomar Memoriol

ACHO que apenas os mais adentrados nos anos recordam de um remédio chamado Memoriol. Quando alguém estava ficando esquecido dizia-se que ele precisava tomar Memoriol.

É disso que me lembro quando constato a falta de memória de várias pessoas em relação à história de sua terra. Alguém poderá lembrar que exstem as teses de mestrado, doutorado e outras masturbações sociológicas. Mas a história de um povo não se circunscreve ao rigor e frescura acadêmicas. Na verdade, a história está na memória popular, é mais oral que escrita, é lúdica e onírica. Aquela que passa de ai para filho, que fica entranhada nas mentes e corações.

Digo que aprendemos mas sobre a história nas obras de ficção. Exemplo: Guerra e Paz, de Tolstoi, esse livro nos ensina sobre as ambições desmedidas de Napoleão e o caráter do povo russo. No roance O Vermelho e o Negro, de Sthendal, aprendemos muito sobre a França, assm como no de Malraux, A Condição Humana. E sobre o Brasil no espetacular livro de Vargas Llosa, A Guerra do Fim do Mundo. Também aprendemos muito sobre o Brasil nos romances de Jorge Amado, Graciliano Ramos, Antonio Calado, José Lins do Rego, José Américo, Ariano Suassuna, Gilvan Lemos...

No mais, sobre a história nada como lembrar o que disse Tocqueville: "A história é uma galeria de quadros onde há originais e muitas cóías". BINGO. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 04/12/2020
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