Ser ela ser ela
O amor dela pela motocicleta era lindo e sensacional. Corria com a moto até 100 quilômetros por hora nas rodovias da cidade. E era apaixonada por duas artes: correr e escrever. E era a alegria da casa todos os dias. Os pais dela se chamavam Eurico e a mãe Dutra. E moravam numa casa humilde de dois quartos somente. E ela chamada de Eudora fazia vários bicos para sobreviver e era escritora amadora há quinze anos e começara aos cinco sua eterna vocação. E fizera os ensino fundamental e médio numa escola particular e a faculdade de língua portuguesa numa faculdade pública e se formara lá. E namorava para cá namorava para lá e era infeliz no amor, mas tinha um grande sucesso profissional e de verdade seres verdade. O amor que ela tinha por um rapaz chamado George Lino era lindo e ele e ela eram virgens. E ela engravidou do último namorado e tiveram um filho chamado de Josuel. Ao completar dois anos Josuel fora colocado numa creche enquanto pai e mãe trabalhavam. E se casaram somente no civil e ficaram unidos muitos anos. E depois de vinte e cinco anos de casamento casaram também no religioso, pois tinham agora a certeza de se amarem. E Josuel hoje tem vinte e cinco anos e fora filho único à vida inteira, Eudora fizera laqueadura, pois não queria mais ter filhos. Já George Lino retrucou, pois queria mais dois filhos. Então decidiu ir a um orfanato adotar um menino e uma menina não importando idade somente queriam que as crianças fossem saudáveis. E deram os nomes de Germânio e Desferida com amores sociais e presentes. E os cinco foram felizes muitos tempos. Ser ela ser ela se fazia assim Eudora. Ela era virginiana, o marido libriano, o filho mais velho canceriano e os dois irmãozinhos foram sagitariano e pisciano. Eudora ainda continuava correndo com sua moto pela cidade e levava o marido na garupa. Já os três filhos tinham suas próprias três motos com idade adulta todos eles cinco andando pela cidade. George Lino tinha muito medo de andar de moto, porém a mulher sempre o tranquilizava com beijos e carinhos. E ela fez uma tatuagem na perna direita na altura da patela a seguinte frase: sempre amarei meu marido e meus filhos. E deixou um legado: livros, músicas próprias, quadros e compôs até orações para serem rezadas pelos parentes. E amando a todos não tivera inimigos somente amigos. E Eudora e George ficaram casados bodas de setenta e cinco anos e foram todas as noites felizes por mais um dia de vida em seus quartos. E o filho mais querido foi o Germânio com uma faculdade após outra. E Desferida e Josuel eram muito inteligentes também e montaram um negócio on-line. E vendiam roupas, alimentos e eletrodomésticos e chegaram até a serem corretores de seguros alugando e vendendo duas a três casas por semana. E George Lino e Eudora foram felizes por setenta e oito anos sem deixar de amar uns aos outros. E cada coração se enraizava na certeza e de se sentirem amados por Deus e queridos numa tangente serena e lugarejo.