Essa é para você que fica na praça dando milho aos pombos
Pois é, assim cantava Raul dos Santos Seixas. E de lá para cá, pouca coisa mudou. O mundo está de cabeça para baixo e você esperando a morte chegar. Bom, sua vida está garantida, ganha dez mil por mês, está aposentado, tem carro, casa, os filhos formados. Agora, é só curtir a aposentadoria. Que mais poderia lhe tirar o sono? O vizinho que tem a sua idade, não é formado, faz bicos e outras coisas que você não tem culpa. Afinal, cada qual faz seu futuro.
E a vida se resume a isto? Ou, você deveria fazer mais e se não faz, por que não faz? Já refletiu sobre uma célebre frase de Benjamin Disraeli: “a vida é muito curta para ser pequena”. Está maravilha fica melhor, quando Cortella nos faz refletir sobre nosso umbigo.
Pois bem, mas e o que poderia ser feito, ou, para quê fazer algo, o que importa é eu estar feliz. Afinal estudei para isto, perdi horas de sono, muitas festas, minha namorada algumas vezes dormia sozinha. Acordava com um lindo sorriso outro dia, por que nos amávamos, até hoje nos amamos. Perdi muitas coisas e hoje, eu devo ajudar meu vizinho? Ele não fez isto, que se “lasque”.
Pois é, soa verdadeiro seu raciocínio. Contudo, isto basta? Olhando desta forma, talvez sim. Entretanto, e se o mundo não fosse regido por leis de aposentadoria? Caso as pessoas necessitassem trabalhar até sua morte, ou oitenta e cinco anos é justo? Ou você que trabalhou por sessenta e cinco anos e vai se aposentar com dez mil, acha coerente que, um Nhonho se aposente com 30 mil, mais regalias? Não, mas o Nhonho vê assim e você que se “lasque”. Lembra? Cada um faz seu futuro.
Pois bem senhoras e senhores, há outra frase interessante que poderia/deveria ser conectada a esta:
Apocalipse 3; 15, 16; “conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera frio ou quente”!
Assim, porque és morno e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca. Cortella também faz uma maravilhosa explanação, sobre este raciocínio. Que pode ser sintetizado em algo próximo a:
“você é uma pessoa capaz de fazer muita coisa, Eu Dei a você inteligência, sabedoria, posses e outras coisas e você se aposentou”.
Isto soa como... caracá mané, foi escolhido a dedo para ajudar as pessoas a saírem da praça, não dar milhos aos pombos. Daí você arma sua rede nas arvores, para dormir a sombra da aposentadoria. Nesta hora Deus bate na madeira e reflete, “um Nhonho não muda seu jeito de ser nunca”. Os mortais não podem ser Deus.
O que pode ser entendido então da expressão: “conheço as tuas obras...” .
Você recebeu muitas coisas de Deus, inteligência, boa família, posses, discernimento para ter uma vida confortável e outras coisas. Então, agora, depois de cumprir seu status social e se aposentar, que tal devolver ao criador aquilo que este confiou a você.
Parta da premissa que, daqui não levamos nada material. Este, deixamos para quem quisermos, parentes, amigos, ou a qualquer pessoa. Entretanto, podemos deixar a todos os moradores deste planeta, bons exemplos que podem ser divididos em proporções exatas. Mesmo que a Terra seja habitada por bilhões de seres humanos.
Os bons exemplos podem ser mostrados em diversas áreas, conselhos, educação, como fazer bons trabalhos, como tratar as pessoas, porque de estudar, qual a hora de fazer isto, dizer aquilo, mostrar que às vezes, calar é o melhor remédio.
O mundo é cheio de pessoas que passam por este e não têm a obrigação de fazer nada por ele. Estes nossos irmãos precisam ser orientados, para que seu mundo seja melhor.
E você, um privilegiado filho de Deus pode ajudar. Saia da rede, faça algo para melhorar o mundo. Não fique com a boca escancarada cheia de dentes, esperando a morte chegar. Deste modo você será quente, nem frio ou morno e Deus não o vomitará de sua boca.
O escritor do lago.
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