Sem rumo certo
Sem rumo certo
Vinha andando distraída consigo mesma. De quando em vez, envolvida em seus pensamentos perdia direção do rumo certo. Surpreende-se com o lugar. Com certeza não era este o seu destino. Mas, veio à tona uma vontade de conhecer o local, até então desconhecido. Parou o carro. Olhou em volta e deu-se conta. Era um daqueles bairros desolados pelo abandono. Pessoas perambulando. Chamou-lhe atenção uma velhinha simpática e sorridente cantando uma bela música. Rosa. Percebeu... Fazia tempo que não via uma cadeira de balanço ocupada por alguém cantarolando, sobretudo na calçada. Parou extasiada diante da cena. Márcia aquietou-se e ficou ouvir àquela senhora de cabelos brancos amarelados pelo mau trato. Depois de certo tempo, alguém apareceu e fitou Márcia com um olhar assustado, diante da cena: uma jovem senhora, bem vestida, de saltos altos, saia e blusa de linho branco e com um perfume de rosas. Diante da cena, algumas pessoas pararam e começou um vozerio. Foi quando ela, a senhora que cantarolava viu Márcia e deu-lhe a mão pedindo ajuda para levantar-se. Assim ela o fez. A velhinha entrou de mansinha na casa ao lado. Findou o tempo.
Márcia saiu silenciosa.