Aconteceu
Hoje resolvera fazer diferente com os alunos. Chegando a sala, solicitou que organizassem a sala em duas filas, uma de frente para outra. Formaram-se então dois grupos de oposição. Definimos a temática: motivação.
 Um grupo defenderia a importância de o professor ser um estimulador de aprendizagem
 Outro grupo defenderia a motivação dos alunos, independe do professor
O assunto tinha sido apresentado em sala sobre os conceitos referentes à motivação, seus fatores, as diferentes abordagens, motivação extrínseca, intrínseca, sua manifestação em sala de aula, a desmotivação dos alunos.
Iniciou-se a discussão e tudo estava acontecendo na doce calmaria do entendimento e do poder de argumentação. De repente, o inusitado. Um aluno descontrola-se e dirige-se aos outros relatando fatos em que se sentira machucado;
- Isso é só conversa. Motivação só serve de enganação. Não quero estudar e estou aqui desmotivado, queria mesmo era fazer medicina.
Nessa ocasião os alunos surpresos reagiram
- Rapaz deixa de grosseria, um colega gritava raivoso.
- O que é isso, resolve teu problema em casa com teus pais. A professora não tem culpa disso. Alguem falava.
- Deixa o menino desabafar, retrucava outro.
- Que nada, isso é manha de menino mimando. Riquinho!
- Pura bobagem, o importante é passar e estar com o diploma, o resto a gente ajeita.
- Diploma sem competência de nada adianta. Diz uma garota com ênfase.
- Bobagens! Vamos terminar essa discussão. O tema aqui é motivação e não complicação e deu uma risada.
Alguns alunos aplaudiram o colega que se mostra eufórico com a manifestação dos colegas.
Nesse momento resolvera intervir.
Pediu silencio e aproveitou a ocasião para aplacar os ânimos, pedindo calma e que fossem para seus lugares, O debate terminara.
A partir de então solicitou ao rapaz que sentasse e iniciou uma reflexão sobre as opções dos jovens, os desatinos, a ausência da escuta sensível, da ética, do respeito à diferença. Sobretudo, discursou sobre profissões, escolha, mercado, opções familiares, orientações da escola. Foi uma hora de preleção. Depois abriu para o debate.
Pasmem. Nada foi dito, apenas uma aluna expressou:
-. Vai fazer a chamada professora. Temos outra aula. Disse a garota meio que aflita olhando o relógio.
Não mostrou sua decepção, apenas fez a chamada e pediu que pensassem no que falara. Afinal era um tema interessante. Também sai silenciosamente
Um pensamento fluiu. Será que me ouviram?
Hoje resolvera fazer diferente com os alunos. Chegando a sala, solicitou que organizassem a sala em duas filas, uma de frente para outra. Formaram-se então dois grupos de oposição. Definimos a temática: motivação.
 Um grupo defenderia a importância de o professor ser um estimulador de aprendizagem
 Outro grupo defenderia a motivação dos alunos, independe do professor
O assunto tinha sido apresentado em sala sobre os conceitos referentes à motivação, seus fatores, as diferentes abordagens, motivação extrínseca, intrínseca, sua manifestação em sala de aula, a desmotivação dos alunos.
Iniciou-se a discussão e tudo estava acontecendo na doce calmaria do entendimento e do poder de argumentação. De repente, o inusitado. Um aluno descontrola-se e dirige-se aos outros relatando fatos em que se sentira machucado;
- Isso é só conversa. Motivação só serve de enganação. Não quero estudar e estou aqui desmotivado, queria mesmo era fazer medicina.
Nessa ocasião os alunos surpresos reagiram
- Rapaz deixa de grosseria, um colega gritava raivoso.
- O que é isso, resolve teu problema em casa com teus pais. A professora não tem culpa disso. Alguem falava.
- Deixa o menino desabafar, retrucava outro.
- Que nada, isso é manha de menino mimando. Riquinho!
- Pura bobagem, o importante é passar e estar com o diploma, o resto a gente ajeita.
- Diploma sem competência de nada adianta. Diz uma garota com ênfase.
- Bobagens! Vamos terminar essa discussão. O tema aqui é motivação e não complicação e deu uma risada.
Alguns alunos aplaudiram o colega que se mostra eufórico com a manifestação dos colegas.
Nesse momento resolvera intervir.
Pediu silencio e aproveitou a ocasião para aplacar os ânimos, pedindo calma e que fossem para seus lugares, O debate terminara.
A partir de então solicitou ao rapaz que sentasse e iniciou uma reflexão sobre as opções dos jovens, os desatinos, a ausência da escuta sensível, da ética, do respeito à diferença. Sobretudo, discursou sobre profissões, escolha, mercado, opções familiares, orientações da escola. Foi uma hora de preleção. Depois abriu para o debate.
Pasmem. Nada foi dito, apenas uma aluna expressou:
-. Vai fazer a chamada professora. Temos outra aula. Disse a garota meio que aflita olhando o relógio.
Não mostrou sua decepção, apenas fez a chamada e pediu que pensassem no que falara. Afinal era um tema interessante. Também sai silenciosamente
Um pensamento fluiu. Será que me ouviram?