Percebi que era amor

Eu já me perguntei mais de 35 mil vezes o porquê de ser ele. Já tentei inventar 100 teorias da conspiração, 15 teorias sobre destino, e umas 5 sobre encontros mágicos. Procurei respostas na internet, nos livros e até nos filmes clichês. Escrevi crônicas, poemas e até cartas...

Eu percebi que era ele, depois de meia hora sentada ao seu lado, o que me fez esquecer toda a bagunça da minha vida. Foi aí que eu tive a certeza, de que queria dividir ela enquanto durasse com ele.

Eu percebi que era amor, quando ele me transmitiu uma paz que eu jamais havia sentido com outro alguém.

Eu percebi que podia ser amor, quando eu achava e dizia não me importar, mas ele ainda sim fazia diferença na minha vida.

Eu percebi que era amor, quando acontecia alguma coisa no meu dia e eu só queria dividir com ele. E quando algo de ruim acontecia, eu só desejava seu abraço.

Eu percebi que era amor, quando olhava para o céu e logo procurava a constelação preferida dele. Quando tocava aquela música que ele gostava.

Eu percebi que era amor, quando o simples fato de lembrar dele e me imaginar ao seu lado me fazia feliz.

Eu percebi que era amor, quando ao seu lado eu podia ser quem eu sou, sem máscaras, sem disfarces, sem armaduras. Eu só era eu, e ele era ele, apenas.

Eu percebi que era amor, quando toda minha família falava dele e eu tentava disfarçar, mas ficava feliz.

Eu percebi que era amor, porque ele é tudo aquilo que eu não sei explicar, junto de tudo que não é preciso explicar.

Foi aí que eu me lembrei, que eu percebi que era amor, quando cheguei em casa depois de um dia cansativo e só queria tê-lo ao meu lado. Quando deitei minha cabeça no travesseiro e fiquei imaginando como seria envelhecer junto com ele, uma história de amor - assim como os meus avós.

Ana Carolina Dutra
Enviado por Ana Carolina Dutra em 30/11/2020
Reeditado em 30/11/2020
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