A Lua de ontem estava despudoradamente bela, desprentenciosamente sexy. Ela não teve vergonha de se expor.
Vi no brilho da estrela mais vigorosa, que nem mesmo o maior dos sóis poderia superar-lhe em brilho.
Cedo ainda, expôs a nudez tímida, de quem se escondia entre lençóis. A Lua de ontem santificou algo, um nascimento ou quem sabe uma morte predestinada.
É a Senhora dos amantes e dos loucos, dos melancólicos e narcisistas.
Ela ontem nos abençoou com seu reflexo azulado e límpido numa simples e fresca noite de primavera.