O QUE RESTARÁ?

O que restará das substâncias no decurso do tempo? O vidro e a borracha não têm um tempo determinado para a sua decomposição na natureza, enquanto o ser humano, em até dois anos após a sua morte, desaparece completamente.

A imortalidade é um de muitos desejos alimentados pelos seres humanos, e sendo impossível realizá-lo, eles deixam fotos, filmes, livros, obras de arte, etc., e filhos, netos, bisnetos...

Mas, tudo isso é pura ilusão. Com otimismo, da quarta geração em diante, nenhum descendente se recordará dos seus antepassados, e se alguma obra ou objeto deixados, resistir por longo tempo, pois os materiais se decompõem, ninguém guardará nada na memória, senão apenas um nome de alguém do passado remoto, e isto se houver um descendente caprichoso, que desenvolveu a sua curiosidade a respeito dos seus antepassados. Alguém aí se lembra dos tataravôs? Muito provavelmente, nem sequer dos nomes deles, e além disto tudo, sem esquecer que também os descendentes, os descendentes dos descendentes... também desaparecerão.

Esse contexto indica que se deve valorizar o presente, o aqui e agora, em todos os sentidos da existência, focado na realidade, sem se deixar envolver pelas ilusões e pelas vaidades, que ficarão todas dissolvidas nos esquecidos caminhos de uma vida que se foi. Como indivíduos que somos, cada um levará consigo a responsabilidade pessoal, pela história que escreveu no curso da sua vida, sem nenhuma inserção de quaisquer tipos de subterfúgios. Nada mais.

Na ótica dos ateístas, o fim absoluto da história, e na visão dos crentes, apenas um estágio que se encerrou...

Na trajetória da vida, seja ela finita ou apenas um estágio na cadeia de infinitas transformações, alguns desenvolvem a ansiedade, as angústias e os tormentos que os acompanham durante todo esse percurso e outros encontram a paz e a tranquilidade até o fim dessa caminhada! Por que será?

Vivemos cercados de mistérios que a nossa ciência não consegue explicar. Temos agora o coronavírus, que elimina rapidamente alguns, deixa duras sequelas em outros, passa por alguns que nem sequer o percebem, e não se atreve a tocar em outros... Talvez a humanidade esteja vivendo o momento do “pit stop para pensar”...

Já pensou?

Edgar Alexandroni
Enviado por Edgar Alexandroni em 29/11/2020
Código do texto: T7123316
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.