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Covid 19 - II
A Covid 19 não deu trégua, nunca saímos da primeira onda e ela parece voltar com força máxima. Qual a razão? Nos primeiros meses do ano 2020 externamos nossos sentimentos em artigos, crônicas, mensagens, poesias, muitos foram os escritos e de toda ordem, mas retomo o tema pela sua relevância histórica e importância social.
A pergunta que não quer calar - qual o motivo da sociedade relaxar nos cuidados com a prevenção diante de um vírus mortal onde não se tem a vacina para combatê-lo? Nossa característica humana nos exige o convívio social, temos sede pelo lazer, pelo esporte, pelas festas diurnas e noturnas, pelo trabalho, temos necessidades das mais diversas. Todavia, em plena pandemia, dá para fazer muita coisa mantendo os cuidados básicos de higiene e segurança pessoal, afinal não dá para brincar com a nossa vida, com a de quem amamos e com a de quem não conhecemos.
Precisamos ser mais responsáveis socialmente e ao que indica o aprendizado foi ínfimo, parece que a sociedade entrou em curto-circuito, pois o isolamento social, a mortalidade da doença, o sofrimento e a dor das famílias que perderam a guerra para o corona vírus de nada adiantou em termos de humanização. As pessoas continuam mais egoístas, mais negligentes, mais embrutecidas; a nossa sociedade também está doente e isso é de causar perplexidade, pior que nesse caso específico não há droga que resolva o problema, pois passa pela moral e pela ética, pelo respeito ao outro em seus direitos e liberdades individuais.
Agora, o que esperamos com a chegada da vacina é que voltemos ao normal de antes, pois o novo normal parece que surtiu pouco efeito do ponto de vista humano, talvez provocado pelo isolamento social, pela falta de interação entre as pessoas, pela incerteza do amanhã. Que a nossa sociedade possa se reencontrar, que volte a ser mais leve, mais tolerante, mais amiga e hospitaleira como sempre foi.
Alvaniza Macedo
28/11/2020