A HUMANIDADE CLASSIFICA-SE EM SERES HUMANOS E OS QUASE HUMANOS
Hoje enquanto eu aguardava a consulta médica, chegou um paciente para o outro médico, de vez em quando ele puxava a máscara para baixo do nariz, então eu puxei o "mangote de bombeiros" e reclamei. Ele:
- "Estou com dificuldades em respirar!"
Papo furado, ele estava dando risadas no celular e nem aparentava estar ofegante.
Passou um pouco ele puxou um papo.
O senhor viu, o vírus está fraco, tem morrido muito menos pessoas?
Olhei para ele como se fosse um canhão 105 mm e nada disse!
Pensei eu, ora, as pessoas só respeitam quando morrem milhares de pessoas por dia?
E óbvio que a maioria dos mais vulneráveis que já morreram, ou foi por descuido, ou por serem expostos pelos mais próximos, principalmente os mais jovens,
Outro tanto dos mais vulneráveis ainda vive, ou por sorte, ou porque protegeram-se e estão se protegendo até que chegue uma vacina eficaz.
O problema não está só nas mortes, mas na lotação dos hospitais que acabam colocando em segundo plano outras moléstias, quando não, os próprios necessitados.
Tudo isto sem falar no custo necessário e no das trampolinagens, ambos custos que nós pagaremos caro.
Minimizar a desgraça é algo incompreensível.
Tenho sempre em mente o amigo em comum para muitos de nós o Doutor e Coronel, com que tinha conversado algumas semanas antes e ele recomendou-me muito cuidado, inclusive dizendo-me que estava muito apreensivo!