De Flores
Queria escolher um tema bom para falar, mas vivemos dias difíceis.
Poderia falar do meu CD A Viagem de Vera, que foi uma das poucas coisas boas que aconteceu neste ano, mas aí seria um jabá, não fica bem. Quem quiser saber mais, que procure no Google.
Falar de coisa boa como, quando, na véspera do 20 de novembro, um homem negro é morto por seguranças de um supermercado, na frente da
esposa e de várias testemunhas? Pelo menos, ninguém veio dizer que não há racismo no país e... pera! Teve o Mourão. Saudades de quando eu conhecia por mourão apenas aquele poste de concreto ou madeira usado
para fazer cercas. Aquele sim, cumpre bem o seu papel e, o que é melhor, sem dizer bobagens.
Tem as eleições nos states, mas, além de eu já ter falado nisso, não dá pra dizer que a vitória do Biden foi realmente uma coisa boa. Foi apenas melhor que a outra alternativa. Meu pai costumava brincar dizendo que a única situação em que "melhor" era pior que "bom", era quando se falava de saúde. Acabei de me dar conta de que há outras circunstâncias e essa é uma delas. Penso que vimos muito isso também aqui ao sul do Equador, nas eleições municipais - Sim! Pasmem: sou carioca e tô torcendo pro Paes! - e, daqui a dois anos, não sei se estaremos bem de escolhas. Só espero que, ao menos, estejamos um pouco melhor, mas temo mesmo, que piore. Pioro eu, só de imaginar um segundo turno entre o Moro e o candidato à reeleição.
Falar das vacinas, cada vez mais próximas, mas, ainda tão distantes?
Ou da economia que vem se recuperando e... ah! era só mais uma falácia do Guedes?
Falar do mar que é lindo? Não... me faz lembrar que a Europa já teme a terceira onda da COVID.
Não briguem comigo. A culpa é deste ano que vai se perdendo em medo, mortes e nonsense e deixa a gente assim mesmo, sem perspectivas.
Os girassóis lá fora me lembram da amiga que decidiu, em sua página no face, só falar de flores e encerro melancólica como o Vandré que em tempos ainda mais doídos, não deixou de falar nelas.
Poderia falar do meu CD A Viagem de Vera, que foi uma das poucas coisas boas que aconteceu neste ano, mas aí seria um jabá, não fica bem. Quem quiser saber mais, que procure no Google.
Falar de coisa boa como, quando, na véspera do 20 de novembro, um homem negro é morto por seguranças de um supermercado, na frente da
esposa e de várias testemunhas? Pelo menos, ninguém veio dizer que não há racismo no país e... pera! Teve o Mourão. Saudades de quando eu conhecia por mourão apenas aquele poste de concreto ou madeira usado
para fazer cercas. Aquele sim, cumpre bem o seu papel e, o que é melhor, sem dizer bobagens.
Tem as eleições nos states, mas, além de eu já ter falado nisso, não dá pra dizer que a vitória do Biden foi realmente uma coisa boa. Foi apenas melhor que a outra alternativa. Meu pai costumava brincar dizendo que a única situação em que "melhor" era pior que "bom", era quando se falava de saúde. Acabei de me dar conta de que há outras circunstâncias e essa é uma delas. Penso que vimos muito isso também aqui ao sul do Equador, nas eleições municipais - Sim! Pasmem: sou carioca e tô torcendo pro Paes! - e, daqui a dois anos, não sei se estaremos bem de escolhas. Só espero que, ao menos, estejamos um pouco melhor, mas temo mesmo, que piore. Pioro eu, só de imaginar um segundo turno entre o Moro e o candidato à reeleição.
Falar das vacinas, cada vez mais próximas, mas, ainda tão distantes?
Ou da economia que vem se recuperando e... ah! era só mais uma falácia do Guedes?
Falar do mar que é lindo? Não... me faz lembrar que a Europa já teme a terceira onda da COVID.
Não briguem comigo. A culpa é deste ano que vai se perdendo em medo, mortes e nonsense e deixa a gente assim mesmo, sem perspectivas.
Os girassóis lá fora me lembram da amiga que decidiu, em sua página no face, só falar de flores e encerro melancólica como o Vandré que em tempos ainda mais doídos, não deixou de falar nelas.
Texto publicado na minha coluna semanal do jornal Alô Brasília.
Veja no jornal acessando:
https://alo.com.br/impresso/qui-26-11-2020/
Estou na página 8, Vida e Lazer.
Foto do meu acervo pessoal - é uma das muitas Tithonia diversifolia (girassol mexicano) do meu quintal.