Adiós, MARA, a verdadeira DONA do futebol.
Durval Carvalhal
Lembro-me muito bem daquele adolescente argentino mostrando todo o seu amor e carinho pela bola. Parecia um aleijado; só tinha a perna esquerda, mas que tinha o condão de se multiplicar por várias para enganar adversários, produzir belezas e encantar torcedores.
Nasceu pobre, paupérrimo; mas com “la mano de dios”, tocou o céu de Deus. Como jogador, foi gênio; como homem, foi um ser humano, com todas as suas virtudes e todos os seus defeitos. Foi um baixinho que morreu gigante; um poeta que usou a caneta da bola para fazer poesia com os pés.
Em Maradona, a cabeça mandava e os pés obedientemente obedeciam, e como obedeciam! Quantas imagens antológicas foram produzidas pelo poeta do futebol? Em campo, Diego era só alegria; era fogoso, esperto, malandro, veloz, técnico, driblador, vistoso e elegante.
Enfim, Diego Armando Maradona, cresceu em Villa Fiorito, no subúrbio de Buenos Aires, e era um dos oito filhos do casal Don Diego e Dalma Franco. Foi uma ilha cercada de admiração por todo o planeta Terra; foi-se ontem, 25 de novembro de 2020, dia histórico, inesquecível e eloquente, deixando órfãos milhões de pessoas pelo mundo afora, dia tão relevante quanto ao do seu nascimento em 30 de outubro de 1960.
Vá com Deus, MARA, a verdadeira DONA do futebol.
Melhores jogadas de Maradona: https://www.youtube.com/watch?v=vpLGrAQKNf0