LONGE DA TERRA PROMETIDA - BVIW



Num destes dias Bial entrevistou Barack Obama, que lançou seu livro chamado Uma terra prometida.  Com certeza ler o livro nos fará conhecer  um pouco daquela mente que brilha, daquele semblante cheio de simpatia. Por agora vou tirar proveito do título. Afinal, por trás dos dias, seria mesmo bom que houvesse uma terra prometida e de preferência com fácil acesso.

A verdade é que estou me sentindo como um cavaleiro parado sobre o cavalo, o espiando contemplar a grama, esperando que eu lhe diga para onde ir. Num livro de ficção talvez eu escolhesse ser heroína de alguma coisa. De repente descobrimos que nada somos e ser faz falta. Então assistimos encantados, aos bem sucedidos. Sobre empoderamento feminino perguntaram a Obama se ele pensa que os Estados Unidos estão prontos para ter uma mulher na presidência e se essa poderia ser sua esposa. A resposta foi sim para uma mulher presidente, mas não para sua esposa ou filhas. Ele acredita não ser do interesse delas esta missão.

Pois bem, vamos voltar aos dias dos seres comuns, que vão ao supermercado e não voltam para casa por não ter mais vida, ou dos que ao caminhar no centro, sofrem queda de muro e a perdem também. E o que acontece?  A fé nos ensina que temos que agradecer pela sorte de ser ou estar. Será pouco ou será muito? Eis que essa terra aqui não é a prometida. Quem sabe lendo Obama eu consiga dizer ao cavalo, vai, pode ir por ali, que por aqui o trem tá feio. Uma coisa é certa: precisamos ter um lugar, mesmo na imaginação, onde sonhar seja possível. Por hora, penso dizer ao cavalo, que ele vá por onde tenha algo que me lembre poesia. Algo que nos ajude a vencer as dores do dia.