INCONSCIÊNCIA NEGRA

Tenho certeza de que o texto que ora apresento, terá um alto índice de rejeição, por apresentar uma visão politicamente incorreta sobre a questão dos negros.

Em minha modesta opinião, toda essa gritaria, protestos, manifestações, e alvoroço em torno do assunto, é uma sonora perda de tempo. Muita gente deve estar dizendo: "Cara, se com tudo isso a coisa tá do jeito que tá, imagine se ninguém fizesse absolutamente nada. Como seria?"

Uma olhada relâmpago no refrescador de memórias da net, me diz que desde 1871, figuras como Castro Alves; José do Patrocínio; Zumbi dos Palmares; André Rebouças, e uma legião de outros já militavam contra a causa racista, e hoje, em 2020, eu pergunto: o que mudou? A gritaria é ensurdecedora, mas não importa o quanto se grite, as coisas não vão mudar, enquanto cada vítima de racismo, e quando digo racismo, não estou me referindo apenas aquele dirigido contra negros, mas estão incluídos também minorias religiosas, vítimas de homofobia, xenofobia, etnia, etc, não empenhar sua vida na busca pelo conhecimento amplo, geral e irrestrito. Aquele que não se achar apto devido á idade, se bem que isso não exista, INVISTA TUDO O QUE PUDER NO ESTUDO DOS FILHOS, pois só assim poderá vê-los crescerem de cabeça erguida, olhando de igual para igual para qualquer um, e por mais que um ou outro tente depreciá-lo, não vai conseguir, atravessar a resistente armadura do saber.

Embora possa parecer falta de modéstia, vou citar a mim próprio como exemplo.

Corria o ano da graça de 1955 quando aos oito anos fui matriculado na Escola Pará, no RJ, (como isto aqui é um depoimento espontâneo, não tem porque faltar com a verdade). Foi quando eu descobri, que apesar da singeleza de minhas vestes, de meus sapatos, eu tinha algo que me colocava acima de todas aquelas crianças bonitas e bem vestidas: uma vontade incomensurável de aprender, que fazia com que quanto mais difícil fosse a matéria, mais eu me empenhasse em aprendê-la, o que me fazia obter sempre as melhores notas, e até o dia em parei de estudar, aos 14 anos, por força de problemas familiares, mas quando voltei, aos vinte e tantos anos, continuava do mesmo jeito, mas então, já casado, terminado o que naquela época chamava-se de segundo grau,

ainda tentei fazer vestibular, mas além do trabalho diurno para sustentar a família, eu ainda tocava numa banda de iê-iê-iê.

Seus filhos, se cobertos com a couraça blindada do conhecimento, não serão abalados pelo vitupério da gentinha "superior". Pergunte ao ex-Juiz Joaquim Benedito Barbosa Gomes, o que ele sentia quando qualquer daqueles branquinhos metidos a sebo tentava se engrandecer valendo-se apenas da sua pele branca como argumento? Abdias do Nascimento, brasileiro, baiano, foi professor emérito da universidade New York: foi agraciado com a comenda do Rio Branco. Só para encerrar vou citar Neill DeGrasse Tyson. Ele é astrofísico, diretor do Planetário Hayden. Ele estudou astronomia desde a adolescência e ficou até famoso por dar palestra sobre o assunto com 15 anos de idade.

Novamente eu pergunto: Vocês acham que um homem desses iria se intimidar com qualquer racista metido a besta? Bem, tirem suas próprias conclusões

Fora isso, não adianta. Quer outro exemplo? Não é de hoje que realizam-se protestos pela violência contra a mulher, e o que se resolveu? Nada! Tudo bem que já não se admite gravações de músicas do tipo que o cantor Moreira da Silva gravou por volta de 1963: "Isso não tá direito, bater numa mulher que não é sua". Tirando uma Lei Maria da Penha aqui. a criação de delegacias de mulheres, continua tudo como dantes no Castelo de Abrantes

Aldo Silva
Enviado por Aldo Silva em 23/11/2020
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