DIVIDIR PARA CONQUISTAR

Maquiavel, em seu livro “A Arte da Guerra” menciona a estratégia de dividir para conquistar, ou seja, impedir que se formem novos núcleos de poder para manter a concentração do poder em um centralizador, ditador ou imperador. Na verdade, a estratégia é mais antiga, sendo atribuída ao imperador romano Caio Julio Cezar, que apregoava o lema “divide et impera”.

A mesma estratégia foi aplicada por Filipe II da Macedónia, Napoleão Bonaparte, Aulo Gabínio (que repartiu a nação judaica em cinco convenções, conforme o livro I de “A Guerra dos Judeus”, De bello Judaico), de Flávio Josefo. Estrabão relata que a Liga Aqueia foi fragmentada quando os romanos tomaram posse da Macedônia. O satirista italiano Trajano Boccalini cita em seu livro La bilancia política essa estratégia de controle.

Outros governantes como Luis XI, James Madison, Thomas Jefferson e filósofos como Immanuel Kant mencionaram a estratégia ou a adotaram em suas recomendações em relação à arte de dominar. Bem antes disso, o general chinês Sun Tzu (séc. V a.C.) já usava a técnica em suas conquistas. Os ingleses fizeram isso para conquistar a Índia, fragmentando suas províncias internas, rompendo um grande império antigo formado por Índia, Paquistão, Nepal, Bangladesh, Butão e Sri Lanka.

Jesus já conhecia essa estratégia diabólica de conquista, conforme alertou seus discípulos (Mc 3.24). Por isso, a igreja foi firmada sobre uma base sólida, cujo sucesso depende da comunhão entre seus integrantes. A igreja de Cristo, que tem Jesus como cabeça e cada crente como membro, é tão firme e poderosa que as portas do inferno não prevalecem contra ela!

Infelizmente, a técnica “divide et impera” que satanás usou no Édem continua em uso até os dias atuais. Muitos estão se esforçando para manter a igreja desunida, para com isso conquistar e manter o poder. Quanto mais fragmentar, melhor. Quanto mais espalhar, mais vantajoso. Quanto mais amedrontar, ameaçar, desacreditar, mais se concentra o poder.

A verdadeira gestão eclesiástica se faz formando lideranças, elegendo diáconos, treinando presbíteros, orado para que o Espírito Santo levante Paulos, Barnabés, Silas, Timóteos, Titos e outros colaboradores, capazes de manter uma igreja de bases alargadas, bem firmadas, capaz de crescer como Cristo a concebeu.

Edilson Marçal
Enviado por Edilson Marçal em 23/11/2020
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