Amanheceu o dia e eu tomava meu café com uma preocupação. Por conta das coisas que já faltavam em casa, eu precisaria ir ao supermercado. Seria a primeira vez que eu colocaria os pés na rua desde minha chegada da viagem ao Rio de Janeiro. Até então, tínhamos feito de tudo para adquirir produtos apenas através dos serviços de "delivery". Mas dada a natureza de alguns ítens, a presença "in loco" se fazia necessária.
Lá estava eu a postos. Camisa de mangas compridas, boné, máscara e tubo de álcool gel. Tudo o que era necessário para dificultar a vida do corona vírus, caso ele resolvesse se atirar na minha direção. Minha esposa me lembrou que não podia levar as mãos aos olhos, nariz ou boca. Entrei no carro já ensaiando uma série de movimentos que faria. A caminho das compras fui "mantrando" as regras para se evitar a contaminação.
Ao chegar ao mercado fui surpreendido pelo número de pessoas que tentavam em vão entrar no estabelecimento, sem o uso máscaras. Um funcionário explicava que não podia abrir mão da instrução imposta pela vigilância sanitária local. Ao entrar, mediram minha temperatura, aplicaram álcool gel em minhas mãos e me fizeram arrastar os pés sobre um pano no chão, que julguei estar embebido em água sanitária. Era o meu o primeiro contato com a nova normalidade do mundo fora da minha casa.
Diante das gôndolas do mercado mantive-me a observar as marcas e os preços dos produtos sem tocá-los. Nada de avaliações manuais, apenas à distância. Em alguns momentos, observei os funcionários que faziam a reposição dos produtos nas prateleiras. Ou a pequena fila espaçada que se formava no setor que fatiava queijos e frios. No departamento de hortifrútis, os clientes manuseavam tomates, batatas e outros legumes. Na minha nova condição de pré-paranóico, questionei mentalmente todos os procedimentos. No caixa, coloquei os produtos na esteira. A moça do caixa passou-os no leitor no código de barras e depois, outro funcionário os colocou nas sacolas plástica. Senti que deveria usar luvas descartáveis. Aliás, senti falta do porto seguro da minha casa. O "mundo lá fora" exigia uma série de cuidados e providências.
Depois, ao passar pela farmácia e pela padaria, tive as mesmas sensações. Para um aquariano como eu, um mundo cheio de novas regras era algo inimaginável e beirava o insuportável. Mas eu não tinha escolha. Eu ou qualquer pessoa com um mínimo de responsabilidade. O novo normal se apresentava e ensinava que a vida não seria a mesma.
Era o que tínhamos para o hoje, para o amanhã e para um longo tempo adiante.
Lá estava eu a postos. Camisa de mangas compridas, boné, máscara e tubo de álcool gel. Tudo o que era necessário para dificultar a vida do corona vírus, caso ele resolvesse se atirar na minha direção. Minha esposa me lembrou que não podia levar as mãos aos olhos, nariz ou boca. Entrei no carro já ensaiando uma série de movimentos que faria. A caminho das compras fui "mantrando" as regras para se evitar a contaminação.
Ao chegar ao mercado fui surpreendido pelo número de pessoas que tentavam em vão entrar no estabelecimento, sem o uso máscaras. Um funcionário explicava que não podia abrir mão da instrução imposta pela vigilância sanitária local. Ao entrar, mediram minha temperatura, aplicaram álcool gel em minhas mãos e me fizeram arrastar os pés sobre um pano no chão, que julguei estar embebido em água sanitária. Era o meu o primeiro contato com a nova normalidade do mundo fora da minha casa.
Diante das gôndolas do mercado mantive-me a observar as marcas e os preços dos produtos sem tocá-los. Nada de avaliações manuais, apenas à distância. Em alguns momentos, observei os funcionários que faziam a reposição dos produtos nas prateleiras. Ou a pequena fila espaçada que se formava no setor que fatiava queijos e frios. No departamento de hortifrútis, os clientes manuseavam tomates, batatas e outros legumes. Na minha nova condição de pré-paranóico, questionei mentalmente todos os procedimentos. No caixa, coloquei os produtos na esteira. A moça do caixa passou-os no leitor no código de barras e depois, outro funcionário os colocou nas sacolas plástica. Senti que deveria usar luvas descartáveis. Aliás, senti falta do porto seguro da minha casa. O "mundo lá fora" exigia uma série de cuidados e providências.
Depois, ao passar pela farmácia e pela padaria, tive as mesmas sensações. Para um aquariano como eu, um mundo cheio de novas regras era algo inimaginável e beirava o insuportável. Mas eu não tinha escolha. Eu ou qualquer pessoa com um mínimo de responsabilidade. O novo normal se apresentava e ensinava que a vida não seria a mesma.
Era o que tínhamos para o hoje, para o amanhã e para um longo tempo adiante.