EXORCIZAR DEMÔNIOS.

O foro onde não se julga e minimiza desprestigiando a Corte Constitucional, integra esse estágio "demoníaco-legal" que se vê no Brasil. Passou a Tribunal Penal.

A vergonha, como disse o Ministro Barroso, cerca o STF, pois querem ser julgados os "bandidos públicos", os "coroados", onde não serão julgados, pelo volume do trabalho onde o tempo escoa sem julgamento e a ação da lei leva à prescrição. E os bandidos com "foro privilegiado" são muitos e com inúmeras condecorações públicas...

Padre Vieira, o maior orador sacro de todos os tempos, exorcizava os demônios mandando que deles nos afastássemos e pontificava: “a omissão é o pecado que com mais facilidade se comete e com mais dificuldade se conhece”, e rematava, “o que com facilidade se comete e com dificuldade se conhece, raramente se emenda”. Como se afastar de quem gerencia a coletividade pelo voto eivado dos vícios conhecidos? Esses votos colam em todos nós.

E ensinava: “os excessos dos maus obram contra a razão, por isso são viciosos e vãos”. ESSES EXCESSOS HOJE ESTÃO NAS PEGADAS DE NOSSAS VIDAS.

Não se deve sentar na mesma mesa onde se senta a negatividade, a maldade, deve ser a bíblia de todos e Vieira assim sinalizava.

Devemos querer o convívio dos bons, embora sejamos todos absolutamente imperfeitos, mas não seremos melhores sentados na mesa onde se senta o mal, a energia negativa, esse deve ser nosso princípio. Mas não há como fugir dessas realidades. O voto tem trazido essa negatividade. É a equação da dita, embora ficta, democracia. Quem disse que eu quero como povo que sou o que querem os ignaros, os que embora roubados aplaudem corrupção e corruptos notórios? Não me alinho com a negatividade, sei ler, não tenho disfunção e não sou estúpido.

A energia negativa, estando presente, como sempre na porção ignara popular, transmite seus fluxos e fluídos baixos, em qualquer lugar ou espaço onde não se mostra toda, logo que está centrada sempre na escuridão, movimenta-se nas sombras, esgueirada, maliciosa, chegando sorrateira, indefinida para não ser descoberta, com centro e núcleo de tudo no “phatos”, o excesso do grego. E engana o néscio.

Essa negatividade tem olor acre de vícios, e o ignaro não sente, se abriga dos olhos de todos para se esconder dela mesmo, e o desaparelhado não percebe, furta o sorriso que podia alegrar o desapossado, combate a alegria por distribuir tristeza, seu cenho está sempre fechado, cerrado, para mentir como se sério fosse, preparado para armar mais uma falsidade, mais uma maldade. Não há reforma para a maldade, como ensina Padre Vieira, mesmo se visitada fosse pelas asas do bem. Só deixa rastros de maldades, a normalidade existencial é exceção para o mal.

A grande razão de deixar um pequeno registro de minhas produções amenas, diletantes e lúdicas nesse espaço, nas horas tranquilas, ultimamente com bastante frequência, é o bom convívio mesmo sem conhecer os convivas, onde desconheço maldades.

Por vezes a veemência com o que ajuízo como errado é forte, vezo e cacoete em defender princípios; sou rigoroso com o rigor quando tratamos de correção na vida em geral, atitudes, condutas, por isso considero pouco a atividade política, mas o faço com a amplitude que não indica nomes, teria que apontar como corre em minhas veias os crimes formais, qualificando-os, já que de mim conhecidos, e expondo seus autores que circulam pelo país, livres, leves e soltos, e quem é competente para apontá-los e não o faz. Não o faço, não me compete, nem como jornalista que não sou. Creio que o mundo do privilégio em todos os escaninhos vai se apagando, AINDA BEM, aos poucos. NÃO HÁ COMO FUGIR, É QUESTÃO DE TEMPO. EXISTEM NOMES DE BEM, AINDA, NO JUDICIÁRIO.

Ressoa o "todos são iguais perante à lei" constitucional, queiramos ou não há uma mudança, não é vertiginosa e velocíssima, como queremos, mas vai acontecendo a passos módicos, muitos que antes escarravam em nossos direitos estão na cadeia, faltam muitos, mas suas vidas também já são o mesmo inferno que causaram e causam a muitos, e será cada vez pior para eles, não tenho dúvidas. Conheço o que estou afirmando, mesmo que se safem e a lei mal aplicada ajude.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 19/11/2020
Reeditado em 20/11/2020
Código do texto: T7115836
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