OS DOIS TIPOS DE LADRÕES
 
Estava assentado frente à televisão. A programação assistida era um informativo Telejornal. A notícia chegada dava-me conta que um figurão da hedionda política brasileira estava sendo preso (Entre aspas, porque os muitos Gilmares do $TF, em breve, o colocariam na rua, para rir da nossa cara de palhaço.) por ter recebido uma “pequeníssima propina de uns míseros” R$50.000.00(Cinquenta mil reais). Pequena para eles!... Enorme para mim!...

Pensei e fiquei boquiaberto pelo pensamento que tive. Acostumados que estamos por gordíssimos desfalques do erário, fiquei pasmo por saber que o ato corruptivo fora uma ninharia. A canalhice é tamanha que ousam dizer:
-“Eu roubo, mas faço!” – na esdrúxula forma de justificar os desfalques!
Ouso dizer: - O político brasileiro só não morre de vergonha, porque lhe falta munição!

Este é o nosso mal: Estamos acostumados a ser lesados – entra ano e sai ano. E assim pensando, retrocedi no tempo da Roma antiga onde pincei uma máxima latina do historiador Tácito que, enfático proferiu:
-“Corruptissima re publica plurimae leges, (ou ainda) Corruptissima republica plurimae leges.”
Da língua mãe para a nossa língua filha, significa: "As leis são muitas quando o Estado é corrupto", ou, mais comumente: -"Quanto mais corrupto o Estado, maior o número de leis." (Que ele produz – apensamento nosso!)

Imaginemos: Há alguma diferença do atual Estado Brasileiro, criador de tantas e inúmeras leis protecionistas da canalhice? Não há. O Brasil de hoje em nada fica a dever a Roma antiga, na máxima proferida pelo nobre historiador Tácito. 

O Estado Brasileiro é um dos países mais corruptos do mundo – desde o Cabral Navegador até ao Cabral Governador – graças ao exacerbado número de leis que ele e sua súcia política produzem. Palmas para Tácito, pois!

Meu pensamento vagueia célere. Volvo ao tempo para, também, pinçar da fala de François-Marie Arouet, mais conhecido pelo hipocorístico Voltaire, no seu magnifico trabalho intitulado: Na Vida, Existem dois Tipos de Ladrões.
 Vejamo-los, pois:
1 – O ladrão Comum: É aquele que rouba o seu dinheiro, a sua carteira, o seu relógio, o seu cavalo, etc.!.…
2 – O ladrão Político: É aquele que rouba o seu futuro, os seus sonhos, o seu conhecimento, o seu salário, a sua educação, a sua saúde, as suas forças, o seu sorriso, etc.!…
A grande diferença entre estes dois tipos de ladrões, é que o ladrão comum te escolhe para roubar os seus bens; enquanto o ladrão político é você que o escolhe, para ele te roubar

A outra grande diferença, não menos importante, é que o ladrão comum é procurado pela polícia, enquanto o ladrão político é geralmente protegido pela polícia. (E pelas inúmeras leis protecionistas que por eles foram criadas – como bem dissera o historiador Tácito! Apensamento nosso.)

Pense bem, antes de escolher  o seu ladrão…
Tragédia anunciada!
Imagem: Google

 
 
 
Altamiro Fernandes da Cruz
Enviado por Altamiro Fernandes da Cruz em 19/11/2020
Reeditado em 19/11/2020
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