D E U S

QUANDO eu tinha cinco anos vi pela primeira vezo mar. Meus pais me levaram ao Recife para uma consulta com um especialista em asma. Aproveitaram para me mostrar o mar. Pois bem, quando vi aquela imensidão de água que não tinha fim, aquela coisa tão assombroso eu me mijei. E meu pai contava que eu disse: - Pai é um açudão muito maior que o Tamboril (um açude de Arcoverde), é o açude de Deus? Foi o meu primeiro alumbramento com a natureza.

O segundo foi quando vi a Cachoeira de Paulo Afonso (que Bolsonaro disse ser em Alagoas, mas é na Bahia). Eu tinha 16 anos e fui numa excursão do colégio. Tínhamos que atravessar uma ponte de madeira que balançava, tremi muito e só não me mixei porque na minha frente ia uma moça do colégio das freiras, a vergonha evitou a mijada. Fique fascinado pela Cachoeira, tambem pelas turbinas, fomos até elas. A Cachoeira foi o meu segundo alumbramento e também creditei a eus aquea maravilha.

O terceiro alumbramento foi uma viagem de avião que fiz na marra, obrigado elo banco. Tive que tomar uma lapadas para entrar no avião. L´em cima vendo as nuvens e vendo tudo miudinho embaixo, senti um frio no estômago, mas não me mijei. Ali rezndo para chegar logo, tive certeza de que foi Deus quem deu inteligência ao homem para aprender a voar.

O outro alumbramento nao conto, e muito particular, mas não me mijei não. Tem a ver com arender a ndar de bicicleta, agente nunca desaprende. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 19/11/2020
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