O QUE FAZER COM TANTO SAL?
Lêda Tôrre
Nos anos 80, lá na cidade de Imperatriz (MA), quando eu e meu esposo Moizéis Terêncio trabalhávamos como funcionários da maior empresa de produtos do leite e derivados e produtos de fazendeiros daquela região, eu como Encarregada da Carteira de cobrança e faturamento, e ele Encarregado do almoxarifado, tivemos várias experiências e inclusive algumas até engraçadas.
Como o Moizéis era muito atencioso com todos que chegavam naquele recinto, de vez em quando os fornecedores de várias regiões do país ali vinham descarregar as carretas com os vários produtos da empresa ali naquele almoxarifado, davam alguns brindes, por mais que ele dissesse que não precisava, eles insistiam de qualquer forma fazer-lhe uma graça.
Certa vez aconteceu algo super hilário no trabalho dele em relação a estes brindes. Um motorista que veio entregar uma carreta carregada de sal do estado do Rio Grande do Norte, daquelas salinas, já acostumado a vir por aquelas paragens, trouxe de surpresa para ele, de brinde, dois fardos de sal. Por educação, meu esposo, agradeceu o presente, mas ficou sem saber o que fazer com tanto sal.
Chegando em casa do trabalho, me falou do acontecido e me pediu uma sugestão de o que fazer com tanto sal. Eu não tinha nem como pensar na utilização daquele tanto de sal. Sugeri que ele distribuísse para alguns parentes meus qua moravam também na Imperatriz, doamos para alguns vizinhos, e até para alguns colegas de serviços.
Passando mais algum tempo, aqueles mesmos motoristas com novas entregas de sal, perguntou se o Moizéis não queria novamente mais sal, e ele meio sem jeito agradeceu e disse que ainda tinha bastante. E por muito tempo, ainda se passou sem comprarmos sal, pois apesar de termos feito doação pra tanta gente, dois fardos de sal com sessenta unidade cada um, era sal que não acabava mais.
___________São Luis (MA), 18/11/20__________________