IDEOLOGIAS. VAZIO HISTÓRICO DE IDEIAS PROVISIONAIS.

Leitura de clássicos e textos de vulto é desejável.

No Brasil o deslocamento vertical da educação, subir em grau sem condição de entender minimamente textos, ocorre com prestígio. Isso tem sido perfil de padrão de “ensino”. Exigir menos para o aluno avançar mais. E o que temos? A calamidade da insciência, por vezes pomposa. Avança-se sim, mas no desconhecimento. Há uma parcela dessa equação instalada em quase todo o mundo.

Disso, a internet, gigantesco laboratório mundial, é prova confessional.

Se a internet trouxe a vontade de se manifestar mais, escrever mais, e ler o que quer que seja, entendendo ou não, trouxe também o desvio, a falta de gosto por ler o que devia ser lido, boas obras, clássicas, ao menos regionais e de literatos célebres brasileiros ou não, para barrar ousadias, e melhorar a visão.

Conscientizar, poder escrever sem maltratar a língua, negar até mesmo a história que não entende quando lê. A história tem várias caminhadas e quem caminha nela conhece seus lados; e os entende.

É preciso "treinar" para se educar, esse treinamento demanda leitura especial. Conhecer a sociedade, suas tramas, os personagens que encenam variadas peças no cenário que se desenrola e envolve uma entrega que não é mero estudo, o que qualquer um mesmo distante da ciência alcança, mas entrega por curiosidade que não se esgota. E esse interesse só aumenta quanto mais se caminha.

Há uma hora que nada mais resta sob véus, tudo fica muito claro, o que não é muito bom, pois mata de certa forma a esperança na humanidade.

Estes personagens do teatro social, atores/fantoches das letras imperativas, fundamentalistas ou não, fazem muito absorvido pela mercancia de valores, tentada e mal sucedida a ideologização, falidas todas, diante da finalidade maior, bem estar coletivo.

E “se acham” aclamados, celebrizados, famosos internacionalmente se há uma ou outra nação varejista de ideias cíclicas no tempo adotadas .

Recepcionam esse bolo sem gosto que infesta os ideólogos varejistas dos tempos, mal sucedidas empreitadas. Fazer o bem coletivo, para os povos, pelo voto.

Se assiste isso faz tempo nas “Repúblicas”. Mesmo Platão na “res publica” acreditou pouco.

Qualquer lixo aceitaria de boa vontade essas teses, principalmente as que restringem as liberdades e ficaram na estrada com mais recenticidade algumas.

Não estou dando aula, pois a paciência é a arma do professorado, e não sou bom professor, mas não posso brigar com a história. Ela me ensinou e me ensina muito nas vicissitudes desse teatro humano.

Tenho comiseração quanto ao credo daquele que empunha com peito aberto a bandeira do bem, como Gandhi, Luther King, Malcolm X e outros. Por que ficaram tão celebrizados? Por serem poucos esses atores. Nessa linha se tira, se mede, a ausência de valores pessoais da humanidade, e se cria o muro do anticristo.

Estou apenas constatando o que vejo, e desemboca em matéria de prova clara com o que gosto de trabalhar e o fiz toda a vida, lógica.

Jorram de todas as fontes no tempo as mais descabidas disfunções. Já não tenho mais espaço cerebral avaliativo para hermenêuticas cerebrinas, e aprendo ainda com a razão da repetição do que nunca avançou; não agora, sempre.

Estamos sempre em um carro derrapando de sua segura estrada clara e linear. E se não avançou até hoje para melhorar, imaginamos “o resto” de futuro em que estradas vão transitar esses rumos. E se precipitarão no abismo; cada vez mais profundo.

Resta ficarmos enclausurados em cavernas do eu sozinho, como nos primórdios, cerceando opiniões surgidas por nada mais se esperar, porque são muitas, sem nada construírem para o todo.

É tudo um; egoísmo, insciência, desonestidade, personalismo, fundamentalismo opinioso de todas as ideias, nenhuma elasticidade de visão macro, isolados todos em seus egos com déficit educacional de recepção, povo, nação politicamente organizada, Estado.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 17/11/2020
Código do texto: T7113391
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