Pitanguapos, avante...!
E desafiando a nova onda da pandemia, a chuva, a acefalia - temporária - da presidência, e o risco de até o Fabrício, por mim acompanhado, lá dar as claras e caras, a turma voltou a se reunir. Mas quem é que resiste ao convite de um triuvirato, composto e compostado por Monsieur Bécaud, Mister Spray, o mais paraguaio pitanguiense, e o noviço Mister Beanunes?
O evento se deu na placidez da Silva Lobo, travestido em pele de cordeiro, e reuniu em seus momentos mais pulsantes cerca de uma vintena de participantes. Como está em moda a polêmica sobre as apurações, eu acho que essa tarefa poderia ser confiada, se não agora, ao menos doravante, ao imparcial seresteiro de nossos tempos e nosso rincão, Don Julio Iglesias e, assim estimulá-lo a participar mais das tertúlias etílicas e, de lambuja, dar a sua palhinha, de Diana à Boîte Azul. Bem, agora está mais em voga a Caneta... mas vá lá, tudo se azulará.
Dos previstos 22 minutos para chegar ao local do encontro, a partir
da Contorno 4520, não logrei fazê-lo abaixo dos 86, após embrenhar-me num cipoal de vielas comunitárias que bem evidenciam como essa Beagá
pode nos surpreender, ao que se adiciona uma topografia de deixar La Paz, lá pra trás. Mas um pitanguiense sempre vencerá esses reptos, na base do "...morro por isso..." Contudo, se transplantássemos esse cenário para Paris certamente que teríamos por lá, e agora, por Alá, mais uma dúzia de Montmartres...
A coisa mais certa, eu reconheço, deixei de fazer: deveria ter ido com o Marcondes que, geneticamente antenado, conhece tão bem esses traçados belorizontinos, e para quem a pontualidade é dever sacrossanto. Mas fica para a próxima Waze.
A presença feminina, de início aparentemente discreto numericamente, foi contudo, e como sói, marcante, embora um tanto distante. O que aliás torna a participação das Musas, cada vez mais inebriante.
Quando saí, à la française, temeroso dos efeitos dos sereno sobre um já septuagenário, ainda não estava totalmente formada a composição do evento. Mas o gentil e presto Mr Spray, com o zelo e a eficiência de um pitanguiense camarguiano, tudo registrou com suas poderosas lentes. Acho até que está fazendo uns ensaios para a Paris-Match, a verdadeira Caras do país de Macron, amigo da Amazônia...
E pude ver então em força e graça, realmente "en masse", a presença felina do clã Teixeira, bem mais que meramente gatos pingados.
Para não alongar demasiadamente, e guardar a pólvora molhada para próximas edições, registro aqui a presença simpática do peralvilho - de meus tempos ... - filho do Zé Nunes e de Dona Nair, o Roberto Lúcio que com sua verve e memória prodigiosas nomeou todos os seus colegas de escola, seus professores, os seus compêndios escolares, e até momentos e mementos solenes de sacristia quando acolitou o saudoso Padre Maurílio - e assim, escapou dos queijinhos franceses do Mecoleta...
Vamos pitanguear em dezembro? Bécaud, que nunca me escala tão-somente por ainda guardar as chuteiras que me fabricou o Ducha, cujas travas lhe parecem demasiado altas...ao menos me assegurou que pode haver uma vaga na arbitragem do prélio costumeiro que abre os encontros na nossa Velhinha Serrana Adorada...