BICHA NÃO!

Sei que você, caro leitor que está entre os quinze que gastam o seu precioso tempo lendo o que eu escrevo, com toda certeza já ouviu a seguinte frase: “Epa! Bicha não, sou uma quase mulher!”

Pois bem – na maioria das vezes usamos tal frase entre amigos, em brincadeiras. Mas quando alguém diz tal enunciado referindo-se à sua pessoa (e sem brincadeiras), a coisa pega – e isso aconteceu comigo.

Nas minhas andanças pelas ruas da minha cidade, fora do meu ofício de professor, no paralelo como moto-boy, ouvi tal frase, mas já pedindo desculpas pelo ‘tal engano’. E veio de uma loira! (Nada contra as loiras, mas...)

Sucedeu que comecei a freqüentar certo ponto da cidade e ela começou a observar-me e logo atiçou papo a amiga: “Aquele cara ali (que era eu) é bicha!” – a amiga dela, que por sinal é amiga minha (e de família) há mais de quinze anos, riu à vontade. (Somente porque pinto os cabelos e sei – quando quero – perfeitamente imitar uma bicha...)

A tal loira – que por sinal mostra-se uma pessoa simpática, aparentando seus trina e cinco anos (ou pouco menos), corpo ‘respeitável’ – ficou com cara de indagação. E a minha amiga ainda a rir...

Após certo tempo, passado o riso, minha amiga (nossa amiga em comum) dirigiu-se a palavra a ela: “É que você não conhece a peça, isso não perdoa ninguém... – e a minha colega (mulher dele) que o diga a você, não queira você estar no lugar dela.”

E a loira ficou a contemplar-me (e eu agora ciente do assunto nada deixo passar barato, instigando-a sempre). Fico a pensar: o que será que ela pensa agora? “Loira, loira...”

Prof. Pece

24/10/2007

Prof Pece
Enviado por Prof Pece em 26/10/2007
Código do texto: T711049