Gravura dos amantes Romeu e Julieta

A FORÇA E PODER DE UMA LÍNGUA
Introito:
A forma de se reconhecer e considerar a existência de uma nação está na existência de: Um espaço físico – um território. Um povo e uma língua.  Desta trilogia, a língua é a mais importante e se faz necessária por ser o elo entre o povo. Sem a língua, a nascente nação estaria fadada ao ostracismo por faltar entre os seus a conexão. Seria como a lendária Torre de Babel, cuja construção não frutificou, devido aos desentendimentos pelos variados idiomas surgidos.  É a língua, um dos fatores preponderantes e essenciais, para que haja uma nação. Mesmo tendo o povo e um território, se não houver a língua da união idiomática, a nação não existirá.

Poderíamos citar a África Ocidental, como exemplo de desunião da língua ser a causadora de tanta pobreza lá reinante. Atualmente, a África possui 2.092 línguas faladas, número correspondente a nada menos que 30% dos idiomas em todo o planeta. Além das duas mil línguas, estão presentes mais oito mil dialetos. Assim, o multilinguismo é característica medular do continente, sendo, portanto, o causador da desunião entre os povos e a consequente falta de um crescimento econômico e social.
 
Parte I: Viagem no Tempo.
 
Vamos buscar no inspirado William Shakespeare, autor da tragédia Romeu e Julieta, na qual descreve sobre dois adolescentes cuja morte acaba unindo suas famílias – os Montecchio e os Capuletos – outrora em pé de guerra.

Vamos buscar na Literatura Brasileira, o inconteste Machado de Assis com a sua obra – dentre tantas outras lindas – Dom Casmurro, na qual relata o épico romance envolvendo Bento e a linda Capitu, em cujo romance o autor divaga em um culto linguajar a história deste grande amor regado pelo doentio ciúme de Bento pela sua amada Capitu.

Na nossa busca, vamos encontrar o inigulável José de Alencar que, no seu romance Iracema, narra-nos (com um lindo e poético poder linguístico) o amor da sua personagem – a índia Iracema – pelo português Martim. Desse romance, o fruto do amor nasce, recebendo o nome de Moacir, considerado o primeiro brasileiro oriundo da união de uma colonizada e um colonizador.
 
Epílogo:
 
UMA DECLARAÇÃO DE AMOR DE THI PRA NAMORADA
Com a palavra, o garotão Thiago: 
É mano, eu amo esta mina demais, é um bagulho tão louco na minha cabeça ter 15 anos, e tá com alguém parecendo que os dois tem 30(apesar de ser bem comum adolescente se apaixonar por tudo). Mas sei lá, é algo tão louco, um sentimento tão verdadeiro que qualquer pessoa que passa 10 minutos com a gente consegue perceber que existe uma PUTA conexão. E pensar que foi do nada, e hoje é literalmente meu tudo, pensar que alguém como eu, que sempre foi um completo imbecil pra qualquer assunto relacionado a namoro, e que odiava a ideia de estar com alguém, tô aqui hoje simping for her asf. E falo pro mundo mesmo, tô apaixonado com 15 anos, é isso!! Eu te amo demais, muitos momentos que nem pareciam reais de tão perfeitos, só pelo fato de ser do seu lado, um sentimento tão verdadeiro e puro que não consigo definir com nenhuma frase, palavra ou exemplo. Te amo vida, mais do que pensa!!
 Nota do autor:
Da minha “viagem no tempo” busquei os ilustres escritores William Shakespeare, Machado de Assis e José de Alencar que, nos seus épicos romances descreveram lindas histórias de amor com um cultíssimo linguajar, típico da época.

Mas, a força da língua se encontra nesta sua eloquente forma de sofrer mudanças. Como uma mulher, ela está sempre se maquiando, se modificando para se tornar, a cada dia que passa mais bela através das cirúrgicas plásticas da gíria e os horrendos estrangeirismos reinantes, principalmente na nossa linda língua portuguesa.

Quero falar da “Declaração de Amor de Thi” pra sua namorada Amanda Cunha Domingos Silva.

Mas, quem é Thi? Thi é o hipocorístico do nome Thiago Métzker Castro Lage, filho do meu adorado filhão adotado Marcelo Lage. Ele é fruto do seu primeiro casamento, sendo, portanto, a minha filha Heloísa – segunda esposa do meu filhão/genro Marcelo – a Boadrasta do Thiago. Ufa! Falei e disse!

Volvendo ao distante passado de Shakespeare, passando por Machado de Assis e José de Alencar, ‘pressenti’ que – ao tomarem conhecimento da declaração de amor de Thi para a sua namorada Amanda – estiveram torcendo os seus cultíssimos narizes para o texto que leram.

Quero sair em defesa do meu pimpolho Thi para dizer aos ilustres autores das belas obras de antanho que “os tempos mudaram – são outros”. Hoje, entre os jovens, o amor deixou de ser somente um verbo a ser conjugado, é um nobre sentimento a ser sentido, vivido intensamente. No seu moderno linguajar, os jovens sentem muito mais o que dizem ao invés de só dizerem, talvez, o que não sentem. Hoje, o sentimento do amor e o relacionamento dos jovens são considerados como o arquétipo do amor juvenil e não uma mera conjugação verbal. O eu te amo, dito, talvez não seja o eu te amo sentido!

Portanto, querido Thi, viva intensamente o seu amor. Que torçam os narizes os tidos e havidos cultos – viva o seu amor, sua linda juventude. Ame! Continue amando a sua Amanda. Faça dela a sua eterna Julieta. Que a sua Amanda seja a sua Capitu. Que a sua Amanda seja a sua Iracema. Mas – e   acima de tudo – que seja você o Romeu para a sua Julieta, o Bento para a sua Capitu e o português Martim para a sua índia Iracema.

Faça o amor. Não faça, nunca, a guerra. Lembre-se: “Só o amor constrói!”
 
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 Imagem: Google
 
 
 
Altamiro Fernandes da Cruz
Enviado por Altamiro Fernandes da Cruz em 11/11/2020
Reeditado em 11/11/2020
Código do texto: T7108835
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