Venci a Discriminação

PENSO que estou mesmo caduco .Explico a desconfiança: não estou arrancando os cabelos(tenho muito cabelo)e nem roendo as unhas preocupado e ligado direto na marcha das apurações nos EUA. Gostaria que Trump perdesse, mas não estou ligado na apuração. Juro. Por outro lado, embora de vez em quando comente algum assunto da moda e das manchetes da mídia prefiro outro tipo de assunto, mesmo que isso não agrade leitores, não escrevo de olho no velocímetro que indica número de leituras. Só escrevo o que gosto e tenho vontade. Sou rei absoluto da minha vontade. Nisso sou pretensioso. E priu. Vamos à maltraçada de hoje,a primeira.

Sempre assimilei numa boa minhas limitações. Desde cedo soube que não poderia acompanhar os outros nos esforços físicos, também não tinha vocação para minha paixão desde menino, a música (não conseguia nem assoviar direito) e, além disso, nçao era bonito, era feio. Era duro mas consegui sobreviver e, pasmem, participar de todos os folguedos próprios da infância e da adolescência.

Acho que na vida temos que explorar as nossas possibilidades, cair e se levantar, insistir e, acima de tudo, ser realista, se a gente não é bonito tenta ser interessante, ser amigo, fraterno e, importante,não tter complexo de inferioridade. E nem querer ser melhor que ningupem em nenhum quesito.

Outro ponto que sempre tirei de letra foi a discriminação. Sempre reagi a esse tipo de crueldade. Vejam bem, um garoto asmático, pobre, feio e filho de comunista era um prto cheio para a discriminação. Só que nunca aceitei com passividade qualquer tipo de discriminação. Reagia à altura, até com excesso, rasgava publicamente biografias de pais de agressores. Alguns dirão como enfrentava os mais fortes. Explico, eu tinha um irmão que era o garoto mais forte da terrinha, era meu segurança. Nunca fui besta. Mas no geral, quem me tratava bem eu era um doce.

De vez em quando encontro amigos da minha época que lembram meus verdes anos. E dizem que só estou vivo por causa do meu irmão. Rimos todos. Mas sinto saudade dos meus verdes anos. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 05/11/2020
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