" A VIDA COMO ELA É..."

Não tem como ficar passivo, indignado diante dos fatos cotidiano, da violência que já se tornou algo tão corriqueiro, mas por mais que se ache a violência como uma coisa banal nossos dias , fica difícil ficar passivo com um fato que ocorreu essa semana. Nelson Rodrigues já mostrava nos seus contos colocando esses pontos aqui direcionado. "A vida como ela é...".

Uma mãe, uma pobre mãe, doméstica, abandonada pelo marido, tem a difícil missão de criar o fruto do casamento sozinha. Essa mãe lutou,se entregou, se doou de corpo e alma, as vezes tirando de onde não tinha para alimenta-lo.

Mãe, pobre mãe quanto sono não perdeu preocupada com esse filho que sonhava ser um dia alguém com quem ela poderia se orgulhar. A mãe só tinha 44 anos, uma bonita mulher,jovem, muita vida pela frente. Mas esse jovem de 14 anos não reconhecia o esforço dessa guerreira, da brava lutadora.

Mãe, essa pobre mãe, só tinha um celular, que era mais para seu serviço, e pouco para o seu "lazer". Ela não tinha condições de comprar outra celular para o jovem, o jovem desocupado que só queria jogar no celular de sua mãe, se adonava do aparelho da sacrificada mãe. A mãe tentara por diversas vezes demove-lo do vício, mas em vão, a resposta era agressividade, e ameaças de morte. O filho, o filho que foi gerado e amado, não se conformava quando sua mãe não tinha dinheiro para comprar os créditos para o celular para ele jogar, se enfurecia.

Eles estavam num banco de uma praça, perto da casa da pobre mãe que com tanto martírio conseguira. Foi até motivo de comemoração quando da aquisição de sua casinha. Ela tirou o celular á força de suas mãos e adentrou, ele veio em seguida, trancou as portas, e desferiu várias facadas nessa mulher que se tivesse o dom da adivinhação não teria concebido esse monstro que tanta imolação teve para cria-lo.

inclemente
Enviado por inclemente em 31/10/2020
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