CRÔNICAS DA PRAÇA ROOSEVELT
CRÔNICAS DA PRAÇA ROOSEVELT
“BOA NOITE SEU MÁRIO” E RESPOSTA
Essa semana me indispus com o Mário Bortolotto. Pois bem, às vezes nos comunicamos por e-mail, cumprimentamo-nos na praça, no teatro, festivais, shows, mas não somos propriamente amigos, apenas conhecidos, penso eu. Outro dia, fui ao mercado da Cantareira e passei no Parlapatões, era por volta de 22h30min, e, junto ao balcão do bar, lá estava o grande Bortolotto. Vi o de relance, pois dirigia-me ao banheiro para também lavar as mãos um pouco meladas da ata. Quando sai do lavabo, o Mário já conversava com um casal na calçada em frente. Pedi um Osborne, olhei a mostra das peças em cartaz, passei por ele, agora só e manuseando o celular, nos vimos e eu com meu maldito formalismo falei: “Boa noite, seu Mário”.....Ele só olhou para mim, balançou a cabeça, movimentou as mãos como se dissesse “falou”... – e não disse nada.
Continuei em frente, pois ia ver os outros bares da praça, mas achei que ele havia sido mal educado comigo.
Fui para lá, para cá, andei mais um pouco com o copo de conhaque na mão.
O Mário agora já se encontrava novamente dentro do bar. Entrei intempestivamente no bar do teatro, que estava cheio; ele, próximo à bilheteria, em pé, conversava com três pessoas. Açodado, esbarrei em um sujeito do seu grupo, devolvi o copo com a bebida inacabada. Ele me observava, despedi-me da moça do bar. Vendo isso, ele foi saindo para termos, suponho, oportunidade de conversar e se cumprimentar como pessoa urbanas e educadas.
Mas naquele momento eu não estava a fim de conversa. Ele andou na minha frente e quando pendeu para à direita, sai pela esquerda. Ele, impávido, com o copo de uísque na mão, sentou-se à entrada do bar e pousou o copo ao lado. Agucei o ouvido para perceber se haveria algum tom de ameaça, preocupação. Mas não, foi um som sereno, tranquilo, sem preocupações. Vinha um rapaz e cumprimentou o Marião que já estava com seu corpanzão instalado na entrada do bar teatro.
“E ai...beleza? Marião também falou: “E ai...beleza?”
Eu e meu maldito formalismo: “Boa noite,seu Mário”
A respeito dos fatos narrados a seu respeito, Mário mandou a seguinte resposta:
Em 05/04/2012 16:25, mariobortolotto-.......@uol.com.br-escreveu:
Brother, na verdade eu só lembro de vc passar e me cumprimentar e como eu tava entretido mandando uma msg só meneei a cabeça. Não quis ser mal educado, mas essas merdas de celular(pelo menos o meu é assim), se eu paro de escrever, a tela fica na horizontal e depois não tem como mudar pra terminar de escrever a msg.
É isso.
Não lembro de ter visto vc depois.
Me desculpe qualquer coisa.
Grande abraço. Mário