No breu desta solidão e lágrimas a poesia encontra-se triste, calada. As palavras estão perdidas entre as folhas secas de outono. O vento atrevido geme nos meus ouvidos teus queixumes, gostaria de saber porque choras, queria entender os teus ais... E assim pensando em ti fecho os olhos em prece. Sinto-me levada pela lua dos sonhos, suspensa no infinito e diante da escuridão pego o pincel da alma e com as tintas do coração enfeito o céu com estrelas luminosas de ternura. Neste enlevo, penso: O brilho delas aquecerá teu pequeno espaço, e as palavras antes perdidas encontrarão o aconchego do teu olhar e sua alma, apesar da dor, mostrará seu sorriso e receberá em festa nossas lembranças.
(Cida Vieira)