AINDA SOBRE VACINA. EFICÁCIA E AVALIAÇÃO.OBRIGATORIEDADE.

OBRIGATORIEDADE de tomar vacina por imposição do Estado diante da incerteza que grassa e apreciamos abaixo não é só violação de direito individual, mas aposta em futuro incerto e não sabido.

No direito das obrigações civis há amplo e complexo espectro discutido sobre cumprimento de obrigação incerta e não sabida, contratual, caso a caso. Insere-se nas contratações. São previsões futuras sem parâmetros confortavelmente definidos. Guardadas as proporções, impossível analogias constitucionais, temos um quadro assemelhado.

Vivemos um contrato coletivo, Estado e População. Representante e representados.

Não é difícil perceber o que ocorre. Precisamos observar com avaliação mínima. Colher e filtrar as informações.

Ponto pacífico: qualquer vacina necessita de tempo para avaliar sua eficácia. Qual tempo? O necessário que não se atrela ao que estamos assistindo. resultados são futuros e incertos.

Relativa a temporalidade, nenhuma certeza há, o que contraria a segurança. O remédio pode ser pior que a doença. Isso é histórico e real.

Ouçamos ponderações inegáveis.

“Apesar do progresso acelerado da vacina covid-19, os especialistas dizem que não há garantia de que alguma dessas inoculações funcione.” Só o tempo dirá, e sob esse ângulo, penso eu, o tempo não é breve. Verifiquem-se o tempo de outras vacinas.

Quem sabe por exemplo, sobre o futuro. Ou quem pode com segurança definí-lo? Ninguém.

Quais serão as reações que se darão, inesperadas e que surpreendam, mesmo avançadas as fases, específicas (3) e que demandam tempo, testadas as vacinas?

Se elas funcionarão com diferentes tipos de populações ou entre diferentes faixas etárias? Quem pode assegurar?

Ninguém!

"Isso só será capaz de descobrir com o tempo", dizem os especialistas.

E o tempo não é o medido pela ansiedade das pessoas e pelo interesse político de governantes. Mas pelo resultado que está inscrito em hipóteses, e hipótese é ausência de previsão segura sobre algo.

Conseguir uma vacina eficaz e aprová-la será apenas o primeiro passo.

Em que grau se dará a imunidade?

Haverá sujeição a novo contágio?

Lembrem-se que mesmo vacinado contra a gripe anualmente não há imunidade para “influenza”, a gripe que mata mais no mundo. Cepas em mutação se verificam como sabido. Que dizer então de doença de mesma origem, com contágio disseminado com rapidez, desafiadora de químicas curativas e outras circunstâncias?

Sem falar na barreira pragmática de produzir bilhões de doses de inoculação para populações mundiais que precisam delas.

Só há um meio de provar eficácia de uma vacina, inoculando pessoas em lugares onde o vírus continua a se espalhar naturalmente.

"Isso vai depender muito da rapidez com que o vírus imuniza a população mundial", diz o especialista do Instituto Max Planck. "Nos países onde há uma quarentena mais rígida, a vacina provavelmente virá primeiro do que a imunidade na população."

"Mas onde há maior atividade econômica, como a Alemanha (que começou a relaxar as medidas de isolamento), o vírus pode gerar imunidade mais rapidamente e, nesse caso, a imunidade virá antes da vacina", conclui.

Vale dizer ainda, inexistirem conclusões sobre imunidade por aqueles que já foram contaminados pelo novo coronavírus. Um cipoal de muitas dúvidas quanto a que se essas pessoas que já tiveram a contaminação estão livres da covid-19. Temerário se falar em obrigatoriedade de vacinação.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 29/10/2020
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