Os Fantasmas do Voo 401

No início de 1973, o comandante de um voo da “Eastern Airlines”, que ia de Newark, Nova Jersey, para Miami, foi convidado a verificar um passageiro na primeira classe. O passageiro em questão era outro piloto da empresa. O homem, vestido com uniforme completo de comandante, não respondeu às perguntas do comissário de bordo. Ele estava apenas olhando para a frente, como se estivesse atordoado. Quando o comandante chegou e se aproximou do tal passageiro, ele exclamou: “Meu Deus, é Bob Loft”.

Deveria ter sido um encontro agradável entre antigos colegas, mas tinha um problema: Bob Loft estava morto há meses.

A história do trágico acidente com o voo 401 da Eastern Airlines e as muitas assustadoras aparições de fantasmas que foram relatadas depois do acidente.

Então, para saber tudo, desde o início, vamos aos fatos.

Na noite de 29 de dezembro de 1972, o moderno Lockheed L-1011, que estava em operação há apenas 4 meses, pela companhia aérea Eastern Airlines, foi vítima de um trágico acidente nas águas pantanosas da região de Everglades, na Flórida.

O voo, que vinha de Nova Iorque, estava dentro dos padrões operacionais – nada de anormal. Até que a tripulação iniciou o procedimento de descida em direção a Miame, foi aí que ocorreu o primeiro ato de uma cadeia de eventos que acabaria levando à perda de 101 vidas, das 176 que estavam a bordo.

Tudo começou quando primeiro oficial (ou copiloto) Albert Stockstill foi instruído a baixar o trem de pouso. De forma alarmante, a tripulação percebeu que uma das 3 luzes verdes que indicam que o trem de pouso foi baixado não estava acesa.

O capitão Robert, conhecido como 'Bob' Loft, pensou que era apenas uma lâmpada com defeito, então Stockstill começou a removê-la, enquanto o engenheiro de voo Donald 'Don' Repo foi verificar através de um periscópio, instalado abaixo da cabine de comando, projetado exatamente para aquilo, se realmente era um problema com o trem de pouso.

Acontece que, enquanto tentavam solucionar o problema, segundo os artigos sobre o caso, o comandante teria, obviamente sem querer, desativado o piloto automático. Enquanto se levantava para verificar também o periscópio ele teria empurrado a coluna do manche para frente o suficiente para desativar o piloto automático, o que fez com que o avião começasse a perder altitude lentamente.

Quando voltou ao assento, Loft notou que seu Altímetro marcava 100 pés, e numa conversa já assustada com seu primeiro oficial, tiveram a certeza de algo muito errado estava acontecendo.

Mas, a essa altura, não havia mais volta. Era possível ver os faróis do L-1011 sendo refletidos no lago Everglades pelos visores frontais, e às 23:42:08, o avião bateu a cerca de 400Km/h nas águas pantanosas do lago, se desintegrando instantaneamente, e matando 101 pessoas.

Abduzidos, esse é o resumo do resumo da noite do acidente, ok? Pra quem ficar comigo até o final do vídeo, vou deixar um card com um vídeo top sobre o caso de um canal que eu sou muito fã.

Muitos dos passageiros morreram instantaneamente e os que sobreviveram enfrentaram uma espera agonizante pela equipe de resgate. Imagine, o local era infestado de crocodilos.

O primeiro oficial Stockstill morreu com o impacto, mas tanto Repo quanto Loft sobreviveram, inicialmente. Repo foi levado às pressas para o hospital, mas acabou não resistindo aos ferimentos. Tragicamente, o resgate também foi lento demais para o comandante Loft, que morreu no local.

Segundo as investigações, a causa do acidente foi erro humano. A tripulação falhou em verificar a altitude da aeronave, enquanto tentavam solucionar o problema do trem de pouso.

E, trágica ou ironicamente, foi descoberto que o trem estava travado no lugar correto, e que o problema era realmente as luzes indicadoras no painel.

Mas e os fantasmas, como surgiram?

Pois é, apesar de o avião ter sido completamente destruído na queda, algumas peças foram reparadas com o intuito de serem reaproveitadas em outros aviões do mesmo modelo. E é aí que as coisas sinistras começam a aparecer, pelo menos é daí que surgiu a explicação.

Certa vez, uma comissária estava na galley (galley é o nome daquele lugar onde os comissários preparam as refeições e tal – tipo uma cozinha mesmo do avião), então, ela estava na galley de um avião que tinha recebido uma das peças do voo 401, esquentando as refeições dos passageiros, quando notou uma névoa começando a se formar.

Ela parou o que estava fazendo e olhou com curiosidade para o estranho fenômeno: era como uma pequena nuvem que crescia no pequeno espaço: para seu espanto, começou a se formar dentro dessa nuvem uma imagem.

Paralisada de medo, a comissária viu um rosto lentamente surgir: a face do engenheiro de voo Don Repo.

A comissária, que se chamava Virginia, em desespero, subiu para a cabine principal. Atordoada, nada disse aos colegas, exceto que não passava bem. Logicamente, com medo de ser afastada por insanidade. Ela simplesmente guardou esse segredo, até que soube de outro acontecimento a bordo do mesmo avião.

Durante os procedimentos de embarque no aeroporto de Newark, a comissária chefe de um voo com destino à Miami percebeu a presença de um comandante da Eastern sentado na primeira classe.

Conferindo sua lista, não encontrou registro de nenhum tripulante voando como passageiro extra. Então, curioso, ela se aproximou e fez algumas perguntas ao, pela aparência, comandante.

Este, com uma estranha expressão no rosto, olhava fixamente para a frente e não respondia às perguntas da comissária, que começou a ficar irritada. Isso, claramente, começou a atrair a atenção de outros passageiros da primeira classe.

Perdendo a paciência, a comissária foi até a cabine e chamou o comandante do voo, para que ele tentasse obrigar o estranho tripulante a se comunicar. Afinal quem era esse sujeito?

Ao chegar na poltrona, o comandante do voo reconheceu o suposto tripulante silencioso. "Meu Deus, é Bob Loft!" Logo em seguida, na frente de todos, a silenciosa figura desapareceu no ar.

Por mais insano que parece, isso acabou repercutindo, como resultado, o voo teve que ser cancelado e até a imprensa chegou a desconfiar de algo estranho naquele avião.

O mais bizarro é que os fatos só aumentavam com o passar do tempo. O livro de bordo da aeronave estava começando a ficar cheia de anotações do tipo:

“Cmte. Loft visto por 3 tripulantes que tentam falar com ele... Loft não responde e desaparece na frente dos três... avião inteiramente revistado... voo cancelado.”

"Comissária abre o compartimento de bagagens e dá com o rosto de Bob Loft dentro do compartimento olhando fixamente em seus olhos... comissária desmaia... voo atrasado.”

"Co-piloto faz a inspeção externa da aeronave - check pré-voo... retorna ao seu assento na cabine... encontra um engenheiro de voo sentado em sua poltrona... engenheiro diz: "já fiz o pré-check, não se preocupe" - engenheiro era Donald Repo, que desapareceu subitamente na sua frente".

Abduzidos, além desses, existem muitos outros relatos de aparições, tanto de oficiais quanto de passageiros. Realmente uma infinidade de anomalias. Só pra gente finalizar, se liga nesse relato, que sinistro:

Durante um voo de Atlanta para Miami a bordo do mesmo avião, cujo prefixo era N318EA, a tripulação da cabine de comando estava de boa, fazendo sua refeição enquanto navegava a 39.000 pés. De repente, houve uma batida forte vindo do buraco onde fica o periscópio. Lembram que foi por ele que Repo tentou ver se o trem de pouso estava baixado? Então, a essa altura, as histórias de fantasmas já estavam circulando pela empresa e a tripulação relutava em olhar. Mas as batidas continuaram e quando o engenheiro de voo abriu a escotilha, ele ficou horrorizado ao ver o rosto de Repo olhando para ele. Terrivelmente, era ali que o engenheiro estava quando o voo 401 caiu.

À medida que os avistamentos se tornavam cada vez mais frequentes, circulavam rumores de que os pilotos e a tripulação se recusavam a voar no L1011 que tinha peças do jato condenado instaladas. Investigadores paranormais solicitaram inúmeras vezes permissão para embarcar para ver se algo poderia ser registrado.

A companhia aérea recusou continuamente.

No entanto, todas as peças recuperadas de 401 foram posteriormente removidas dos jatos suspeitos. Aquela história né... É melhor prevenir do que remediar.

Fato é que, embora a empresa tenha ignorado certos relatos sobre o aparecimento de membros da tripulação em outros voos, a lenda do voo 401 continua viva. No que acreditar? Bom, aí é com cada um... Talvez exista até um motivo nobre para as aparições dos espíritos, motivos esses que envolvem questões técnicas daquele modelo de avião – pode-se dizer, por essa ótica, que a atividade poltergeists tentou evitar coisas ainda piores.