Uma terceira opinião
Era uma vez um garotinho, filho de uma americana casada com um chinês; ele era muito frágil, e necessitava de cuidados permanentes.
Ambas as avós, materna e paterna, se viram no direito de dar um tratamento adequado à criança; enquanto a avó americana sugeria, com mãos de ferro, uma terapia, que vigorava em seu país de origem, um país rico e eminente; a avó chinesa pregava uma terapia, que brotou de uma cultura milenar, produzida com empenho e apoiada por institutos tupiniquins.
A disputa, entre as avós, ganhou tal proporção, que a debilidade da criança passou a ocupar um plano secundário, e o tratamento seria aquele que encontrasse a maior adesão na comoção popular
E assim a criança se tornou frágil para sempre, e as avós morreram sem deixar solução, e o risco, maior ainda que a doença, passou a ser o interesse dos ancestrais