MIKE POMPEO e ERNESTO ARAÚJO, JUNTINHOS NOVAMENTE



Em 20/09/2020, publiquei:
MIKE POMPEO/ERNESTO ARAÚJO: "OS IGUAIS FACILMENTE SE JUNTAM" - (7068522).

Mostrei como os dois elementos acima - de índole imperialista/ditatorial - se afinam em pronunciamentos e posicionamentos esdrúxulos, a ponto de provocarem a ojeriza da diplomacia internacional.

Apontei o absurdo de o Mike Pompeo, de mãos dadas com Ernesto Araújo, ter subido em palanque brasileiro (Roraima) para falar aos imigrantes venezuelanos e, no ensejo, fazer ameaças à soberania de um  país nosso vizinho. Ambos feriram a Constituição Brasileira e os normativos da Diplomacia Internacional.
. . . . .
Mais uma cartada dos dois trapaceiros da ordem internacional ocorreu antes de ontem - 22/10/2020 -, nos estertores da campanha para reeleição do patrão, Mr. Trump:

Foi num encontro virtual em Genebra, do qual participaram:
- os sujeitos já mencionados, Ernesto Araújo (ministro brasileiro das relações internacionais) e Mike Pompeo (secretário de estado dos EUA);
- Alex Azar (secretário de saúde dos EUA);
- Damares Alves (ministra brasileira da mulher, família e direitos humanos);
- mais representantes de trinta países (descritos no rodapé deste texto), tanto os governados por  extremistas da direita quanto os subordinados a  ditaduras instaladas no continente africano e no Oriente Médio. 

Batizaram esse encontro de DECLARAÇÃO DE CONSENSO DE GENEBRA.

Ora, se o mundo possui, hoje, 193 países-membros, mais dois Estados observadores (Vaticano e Palestina), como é que um encontro virtual de 32 países, escolhidos a dedo conforme suas ideologias, pode ter força de Tratado, como querem?!... 
Também não tem poder Vinculante, pois que nenhum país será obrigado a seguir suas orientações.
Eu o chamaria: UM ENCONTRO SUPÉRFLUO.

Excetuando o caráter meramente político e eleitoreiro, considero que tenha sido mais um passo para driblar consensos internacionais já existentes sobre o mesmo tema, abrangendo os direitos humanos e da família. Aliás, de drible em drible, não vai demorar cairmos na Idade Média, como planejam os extremistas da direita.

A propósito, lembro que, em julho deste ano, seguindo subservientemente a posição dos EUA, o Brasil deixou de votar um relatório do Conselho de Direitos Humanos da ONU, relacionado à discriminação contra mulheres e meninas.  Pasmem!...  Trump até hoje não conseguiu explicar o seu NÃO, mas o Brasil votou com ele.

Voltando ao tema, os termos dessa Declaração de Genebra incluem a estratégia do governo brasileiro de atacar, por meio da política externa, o aborto seguro, que no Brasil é previsto em casos de risco de vida ou anencefalia. Por quê?...

Destaque-se, dentre os países participantes desse encontro, a ditadura de Belarus (que está ultimando o seu decreto de pena de morte para casais de mesmo gênero) e a Polônia (que, na mesma data do encontro - 22/10/2020 - proibiu o aborto em casos de anomalia fetal).

Destaque-se, ainda, o óbvio. Vários dos países partícipes desse encontro ainda punem mulheres com apedrejamento.  Entenderão esses algozes o que significa "Direitos Humanos"???...

Finalizo, alertando os dois representantes do Brasil nesse encontro (Araújo e Damares), com a sentença que intitulou o meu primeiro texto acima mencionado:

"OS IGUAIS FACILMENTE SE JUNTAM".

Ou, se não entenderem, alerto-os com o velho ditado:

"DISNEY COM QUEM ANDAS, QUE EU TE DIREI QUEM YES".

                         (fernandoafreire)

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Países que participaram do Consenso de Genebra:

Arábia Saudita, Bahrein, Belarus, Bening, Brasil, Burkina Faso, Camarões, Congo, Djibouti, Egito, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Eswaitini, Gâmbia, Haiti, Hungria, Indonésia, Iraque, Kuwait, Líbia, Nauru, Níger, Oman, Paquistão, Polônia, Quênia, República Democrática do Congo, Senegal, Sudão, Sudão do Sul, Uganda, Zâmbia.
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Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 24/10/2020
Reeditado em 25/10/2020
Código do texto: T7095441
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