NINGUÉM IMAGINOU.
Lá se foi o ano, Outubro chegou pronto a sair de cena, de mochila nas costas. Quem poderia imaginar tudo quanto nos aconteceu, e, que rapidamente viria a nos acontecer. O décimo mês está aí, considerando os dois meses seguintes que faltam para findar esse, ah, como vou dizer… esse histórico ano de 2020, o que será de nós? O que o destino nos reserva?
Quem poderia imaginar todas as coisas que ocorreram a este planeta azul. Já no final de 2019 para iniciar 2020, onde, naquele momento havíamos sido alertados - de um modo tímido - de um certo desconhecido vírus advindo de uma província da China. País nenhum deu muita atenção, ou, expressou significante preocupação com a notícia.
Seguíamos as nossas vidas, e como em todo começo de ano, fazemos planos e mais planos, traçando os mais mirabolantes projetos, convictos de que tudo aconteceria como havíamos planejados, mas, a coisa revelou-se muito diferente do que imaginávamos. Quem poderia imaginar que o mundo fosse parar?
A COVID-19 transformou o mundo em um porto de solidão, de isolamento. No começo de tudo isso foi muito oba, oba… Os trabalhadores das fábricas em suas casas, a primeira semana pareceu férias, oba, oba, mercado cheio, cheiro de churrasco invadindo o bairro inteiro. " Isso vai passar logo, não dou dois meses". Diziam muito isso, mas, a tirania no relógio se impôs ferozmente.
De fato, notícia após notícia, dia após dia, a coisa foi piorando, cada vez mais, e de repente, cidades inteira na Europa estavam em confinamento, Olimpíadas canceladas, campeonatos cancelados. Era um novo mundo que se desenhava diante dos olhos, enquanto o número de casos e de mortos subiram exponencialmente. Meses e meses, estávamos como ainda estamos sem vacina para o vírus. O melhor remédio foi se prevenir como podia e se esconder. O mundo, em poucos meses, virou o porto solidão.
Cada um reage de uma forma, estar preso dentro da sua casa sem sair para canto nenhum - digo isso no caso da Europa, no Brasil isso não funcionou e nem vai funcionar , só para ilustrar - Como eu dizia, muitos não suportaram o confinamento, surtaram, ficaram depressivos, era o novo sendo empurrado goela abaixo, igualmente aos remédio ruins que tomávamos, a força pela mãe, quando crianças.
Lá se foi o ano, milhões de infectados, outros milhões de mortes, e quando tudo parecia que estava no fim, aquela luz que se vislumbra no final do túnel… de repente é ofuscada por uma segunda onda de casos, justamente na Europa. Países que novamente estão na iminência de um novo confinamento, pessoas desesperadas com essa possibilidade, de ter que andar para trás como se diz.
No que desrespeito ao Brasil, a coisa é bem diferente, difícil até de explicar. Também somos vítimas do mesmo vírus, inúmeras mortes, milhões de infectados, mas, é Outubro, eleições, e veja só, repentinamente tudo ficou verde, quem sabe até azul. Discursos bonitos, parece até que nem existe pandemia no Brasil. Quem poderia imaginar, que depois de quase um ano de pesquisas, o Brasil fosse encontrar a cura da doença na política. Isso é mesmo incrível.
Novembro está logo ali, bem à nossa frente, quase a ponto de nos cumprimentar.
O que será dos próximos dois meses?
Estará ainda tudo verde, talvez azul?
O Brasil e o mundo será um porto solidão, ou seremos um povo alienado ao que realmente acontece?