Calcanhar de barro
Talvez se alguém lhe perguntar se você adora a algum santo, você diga que não adora imagens feitas de barro que têm olhos, mas não vêem, ouvidos têm, mas não ouvem e todas as outras características descritas em Salmos 115. No entanto, se esse santo de barro fizesse tudo isso, será que você o adoraria? Pois bem, o santo de barro a que me refiro é o próprio ser humano quando se torna preocupado com a sua imagem acima do que seria necessário para a saúde, é o corpólatra.
A corpolatria como o nome já diz é a idolatria ao próprio corpo, e embora cabível de ampla explicação, atenho-me apenas àquela questão de pessoas que não têm tempo para a família, não têm tempo para Deus, se tiverem de fazer uma atividade esportiva no horário do culto, com certeza abrem mão de ir ao culto. Não têm tempo para visitar os amigos porque todo seu tempo livre é voltado para o seus corpos e nunca estão satisfeitas. Postam fotos e arrancam elogios ao belo corpo e vão em busca do próximo objetivo: um gomo a mais no abdômen, uns centímetros a mais nos bíceps, etc. No fim, o que se sabe é que esse santo de barro, o ser humano, gosta de ser venerado/ elogiado. Quem não gosta? O único problema é que a vaidade é o calcanhar de Aquiles do corpólatra, calcanhar de barro diga-se de passagem. Logo, quanto mais vaidade levar na cabeça, mais fáceis de trincarem estão os pés do ser humano, e vaidade em qualquer área da vida, em excesso, conduz à ruína.