INGRID
Hoje eu vou falar sobre Ingrid. Ingrid é uma jovem mulher que ainda não se adaptou a esse honrado título. Ela imagina ser mulher aos 35 anos, com pensamentos sólidos, uma gama de conteúdos intelectuais desenvolvidos e uma opinião válida em vários aspectos. Aos 19, ele tem tudo para ser quem quer aos 35, mas ainda está distante. O aprendizado foi inferior ao esperado até aqui!
Ingrid, anseia muita coisa, mas antes de tudo reconhece que está um tanto distante. Ingrid, que também é Dona Isabele, é alguém que quer explorar. Explorar o mundo e suas paisagens. Explorar os relacionamentos e suas linguagens. Explorar o conhecimento e seus porquês. O que Ingrid ainda não explorou, ela quer explorar. São 5 anos decisivos que vem por aí.
Mas, sobretudo, até aqui, com seus 19 anos, no início de seu eu enquanto mulher, Ingrid já sabe quem ela é! Tem uma ideia, pelo menos. Ingrid é alguém disposta a escrever e ser Dona Isabele todos os dias que aguentar e tiver vontade. Ingrid é dona de seu nariz mesmo sem ter um centavo que lhe dê liberdade. Ingrid tem como sentido da vida aprender cada vez mais. Ingrid é persistente porque ela quer e, se ela quer, pode até não conseguir, mas vai até que o não se torne um fato.
Ingrid, aos 19 anos, experimentou suas versões e chegou a conclusão de que ela sabe quem é. Isso é tudo que ela tem aos 19, seu "brilhantismo" único, sua persistência sem igual, sua busca pelo concreto, seu amor pelo universo, sua ternura pelos animais, seu sonho incessante e motivador de fazer a diferença enquanto médica. Ingrid, jovem mulher, que aos 35 será madura, ela acha! Mas aos 19, ela é ela e, por enquanto, isso é o suficiente. Ora, Lispector, se eu fosse eu, eu estaria sentindo a vida no pulsar. Então, eu sou eu!