A Aletria editora preparou para a noite de ontem uma belíssima live com o ilustrador Odilon Moraes falando um pouco sobre o seu processo de criação.
O então entrevistado, apesar de um pouco atrapalhado para responder ao vivo, algumas perguntas, descreveu com maestria, como se dava o processo de construção diante do texto e do escritor.
A sua viagem era tão magnífica que ao revelar as técnicas utilizadas, inclusive, a famosa lavagem do papel, o ilustrador que também é escritor, parecia fazer de sua obra uma poesia.
Era tão contagiante que despontava o desejo de ser parte, fazer parte das interpretações artísticas do autor para quem realizava sua obra.
Ao falar de sua formação, Arquitetura, disse que se descobriu no desenho, mas se revelou na ilustração, apenas 10 anos depois, ou seja, foi um amadurecimento, uma aceitação e uma captação do sonho, sem contudo, se desfazer da realidade.
Cada técnica citada era um verso e as junções eram uma estrofe ilustrativa perfeita.
Nascia, assim, na ilustração, uma poesia concreta. Onde os olhos davam forma ao contexto de forma única, singular! A interpretação se dava de modo delicado, como se, a olho nu, o texto tivesse vida e pertencesse a quem tinha a oportunidade de folear qualquer livro por ele trabalhado.
Essa poesia nascida de outras expressões da arte é tão salutar e verdadeira quanto àquela que pertence ao mundo das ideias descritivas, ancoradas pela literatura. Fez-me lembrar Ferreira Goulart que em uma de suas entrevistas, contou:
"Quando estava em Portugal, tinha um peruano que todas as vezes em que nos encontrávamos ficava conversando comigo, nem permitia que as demais pessoas se aproximassem, ficava enchendo o saco, sempre falando de econonia. Ele era casado com uma morena brasileira.
Foram vários encontros até que um dia, a morena foi embora, o largou. E quando novamente nos encontramos, logo pensei: lá vem ele com esta história de economia.
De repente, ele se sentou ao meu lado e bem mais ponderado, silencioso, começou a tecer informações sobre a literatura inglesa, francesa, italiana. Ele conhecia muito do assunto, falava especialmente sobre poesias.
Daí pensei: quem tem uma morena, brasileira, mais cedo ou mais tarde vira poeta... Pra falar de amor ou de saudade. E ele virou."
Há muitas formas de viver a poesia, mas a maior delas, ultrapassa qualquer entendimento, pois mora em qualquer lugar onde a alma faz cabana pra guardar os sentimentos. É fato!
A sua viagem era tão magnífica que ao revelar as técnicas utilizadas, inclusive, a famosa lavagem do papel, o ilustrador que também é escritor, parecia fazer de sua obra uma poesia.
Era tão contagiante que despontava o desejo de ser parte, fazer parte das interpretações artísticas do autor para quem realizava sua obra.
Ao falar de sua formação, Arquitetura, disse que se descobriu no desenho, mas se revelou na ilustração, apenas 10 anos depois, ou seja, foi um amadurecimento, uma aceitação e uma captação do sonho, sem contudo, se desfazer da realidade.
Cada técnica citada era um verso e as junções eram uma estrofe ilustrativa perfeita.
Nascia, assim, na ilustração, uma poesia concreta. Onde os olhos davam forma ao contexto de forma única, singular! A interpretação se dava de modo delicado, como se, a olho nu, o texto tivesse vida e pertencesse a quem tinha a oportunidade de folear qualquer livro por ele trabalhado.
Essa poesia nascida de outras expressões da arte é tão salutar e verdadeira quanto àquela que pertence ao mundo das ideias descritivas, ancoradas pela literatura. Fez-me lembrar Ferreira Goulart que em uma de suas entrevistas, contou:
"Quando estava em Portugal, tinha um peruano que todas as vezes em que nos encontrávamos ficava conversando comigo, nem permitia que as demais pessoas se aproximassem, ficava enchendo o saco, sempre falando de econonia. Ele era casado com uma morena brasileira.
Foram vários encontros até que um dia, a morena foi embora, o largou. E quando novamente nos encontramos, logo pensei: lá vem ele com esta história de economia.
De repente, ele se sentou ao meu lado e bem mais ponderado, silencioso, começou a tecer informações sobre a literatura inglesa, francesa, italiana. Ele conhecia muito do assunto, falava especialmente sobre poesias.
Daí pensei: quem tem uma morena, brasileira, mais cedo ou mais tarde vira poeta... Pra falar de amor ou de saudade. E ele virou."
Há muitas formas de viver a poesia, mas a maior delas, ultrapassa qualquer entendimento, pois mora em qualquer lugar onde a alma faz cabana pra guardar os sentimentos. É fato!