VALE À PENA SER CONSERVADOR?
Segundo o dicionário, conservar significa preservar, guardar ou manter o status quos, ou seja, deixar as coisas do jeito que sempre foram. No âmbito político, por exemplo, o conservadorismo se dá quando se pretende manter as estruturas políticas de poder. Assim, de acordo com os críticos, o mesmo vale também em relação a economia, ciência, tecnologia, religião, moralidade, etc. Em resumo, um conservador é todo aquele que em teoria não deseja mudanças. De fato, há conservadores que negam qualquer tipo de alteração e evolução social. É como se tudo que fosse novo e atual fosse destituído de verdade, beleza e moral. Só que o grande desafio para quem critica o conservadorismo é que eles também se alcançados a seus objetivos, passam a ser conservadores também. Por exemplo: vamos supor que o movimento feminista, marxista, e outros "istas," que costumam criticar fortemente os conservadores, passassem a ter seus anseios sociais conquistados. Passados um ano, aliás, um dia dessa conquista, eles se tornarão também conservadores contra todos aqueles que desejarem mudanças, certo? Sim. Ou seja, todos os grupos são em maior ou menor escala conservadores. Não tem jeito de escapar disso. Por isso, que a discussão não deveria ser em relação a acusação pejorativa de que o conservadorismo é prejudicial a sociedade, mas sim se certos valores tradicionais do passado devem ou não permanecer no presente, futuro ou eternamente entre a humanidade. Exemplos: vale à pena conservar o respeito aos mais velhos? Vale à pena conservar o casamento monogâmico? Vale à pena achar normal o relacionamento homossexual? O aborto, é benefício ou maléfico a sociedade? Vale à pena continuar crendo em Deus ou achar que não passamos de um amontoado de células sem propósito algum? Vale à pena continuar investindo no conceito de família, amizade e lealdade? Vale à pena a vida ser cada vez mais tecnológica e menos humana? Enfim, são debates assim que deveríamos ter em nosso meio e não acusações pejorativas chamando uns de conservadores arcaicos ou liberais/progressistas pervertidos.