Viva os Perdedores

RECUSO-ME a comentar hoje o momento político e o coronavírus. Não me conformo com essa burrice abissal de estimular a temeridade, muito menos com os absurdos do governo e o besiteirol dos políticos. Pelo menos hoje fico omisso.

Sempre que toco no assunto que vou comentar as pessoas riem de mim e me chamam de maluco. Mas os que me conhecem me conhecem desde a infância e adolescência sabem que é verdade. Sou, acreditem, alguém que talvez devido ao costume e estilo de vida de acostumou a ser um perdedor. Sim, um perdedor. Sempre fui um perdedor. Talvez por ser um menino asmático pedia em quase tudo. Mas, na verdade, meso perdendo nunca senti nenhuma frustração. Para mim perder fazia parte do jogo ou do show da vida. Também vencer às vezes implica perde algo, a recorrer a certos artifícios. Achava, ainda acho, que para vencer é preciso se vergar, muitos vencedores são meio curvo. Tenho dores nas costas mas não por me vergar.

Menino e adolescente perdia no futebol, nojogo de botão, nas brigas, só levava uma certa vantagem na bola de ude, mas o chero da terra e a poeira me davam asma, eu desistia.

Mas o mais risível é que nunca fiquei triste com as derrotas. Para im participar já era auma vitória.Na política perdi muito maisque ganhei. Na verdade nunca cheguei a comemorar nenhuma vitória política. Jásabia por antecipação que iria me entristecer com certos desvios.

Chorar e roer não fui muito assíduo Na [área do amor atéfui bem, nela ganhei uma copa do mundo, uma megasena. Esta de certa forma nunca parei de comemorar. Então sóuum vencedor no amor. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 12/10/2020
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