A MELHOR FASE DA VIDA II...

Sou um nostálgico e, também, sonhador.
Quero ver um mundo bom sendo feito por nossas mãos.
Dizem, alguns agregados ao misticismo, que quando vamos ficando mais velhos, emergem memórias do passado distante, da infância e juventude, com energia e cores renovadas. Seria prenúncio do início do fim?
Não sei.
Somente sei que essas lembranças me acodem e aquecem.
Fui menino alegre, menino antigo, de correr atrás de bola, de brincar de mocinho e bandido, pega-ladrão, pular corda e subir em árvores.
Menino de ouro, hoje sei, porque a infância bem vivida é um tesouro que se guarda para sempre.
Era menino e jovem de fazer amigos, de ir a festas sadias e de querer namorada bonita para andar de mãos dadas pela praça florida nos sábados ensolarados.
E a vida foi correndo, foi moendo o menino que cresceu e foi desconbrindo outros valores.
Nasceu a necessidade do trabalho, das conquistas, de se estabelecer para ter uma velhice sem sofrimento.
E no meio do corre da vida ficou no passado a memória leve, o ser despojado de outras necessidades que não fosse a simples alegria de acordar para brincar todos os dias.
E nisso, creio, está a melhor fase da vida: o segredo é acordar todos os dias como se fosse um dia livre para brincadeiras. E cada dia da vida será o que dele queremos que seja e façamos que seja.
Então, procuro acender todos os dias essa chama de esperança.
A melhor fase da vida, então, não foi, mas é aquela que vivemos agora na plenitude do nosso ser.
Sejamos leves, esperançosos, alegres e felizes como o pássaro que canta porque hoje tem sol...