O ocultismo existe, pois, sempre há quem acredite que todos os segredos da vida podem ser desvelados num rol de cartas, tudo através da sutileza da interpretação.
 
A cartomancia funda-se no acaso pois as cartas são sorteadas aleatoriamente e o tarólogo analisa e interpreta as imagens para lhe predizer aspectos da sua vida.
 
O mais conhecido baralho de tarô é o de Marselha e sua origem não é muito conhecida, acredita-se, no entanto, que surgiu em meados do século XV. O baralho de tarô é composto por dois grupos de cartas, o primeiro grupo dos arcanos maiores e o segundo de arcanos menores.
 
No total são vinte e duas imagens repletas de simbologia, semântica e arquétipos humanos e que podem estimular diferentes reações nas pessoas.
 
A carta do Louco retrata um jovem que caminha a esmo vestido como se fosse um bobo da corte. Trata-se de uma indicação da natureza espiritual da jornada da vida.
 
O Louco traz com um bastão na mão direita, levando uma vara com uma trouxa dependurada sobre seu ombro, o que nos sugere um início de viagem.
 
Ele veste calças rasgadas por um cão, mas ele ignora o cão, que representa o mundo material, em prol de sua jornada espiritual. O Louco sempre é interpretado pela espontaneidade, a despreocupação e a superação de limites. É o arcano em busca do amor e de elevação espiritual.
 
O Mago é outra carta que retrata uma figura que está em pé, de frente para uma mesa onde coloca os instrumentos. Usa chapéu que lembra o símbolo do infinito e segura uma moeda em uma mão e uma espécie de varinha na outra.
 
O Mago nos indica que tudo é ilusório, é considerado, uma relação entre o esforço pessoal e a realidade divina.
 
A Papisa é uma carta que faz alusão a uma lenda da Idade Média, quando supostamente teria existido um papa do sexo feminino.
 
Representa o poder da mulher em todos seus aspectos. É o arcano da sabedoria, revela autoridade celestial enquanto que o trono seria a representação do poder terreno e material. A Papisa simboliza o incógnito, o desconhecido e tudo aquilo que pode estar invisível aos nossos desatentos olhos.
 
Outra carta interessante é a Justiça simbolizada por uma mulher sentada no trono com olhar impassível, numa das mãos a espada, que representa a fatalidade e, noutra mão, a balança que indica o equilíbrio. Indica a sensação de causa e efeito, e propõe que se reflita cuidadosamente e antecipadamente sobre nossas escolhas.
 
O Enforcado ou Pendurado indica a necessidade que cada pessoa tem de ver o mundo em nova perspectiva, simbolizando sacrifício, penitência e abnegação. Tal carta traz um dilema, ou é você, ou é o mundo que está de cabeça para baixo.
 
Ou você ou o mundo está literalmente às avessas. O Pendurado não é apenas suspenso fisicamente, mas principalmente espiritualmente. Ele busca um prisma diferente de visão para obter maior revelação do mundo.
 
A morte é a décima-terceira carta, atemoriza a todos. Embora existam pessoas que não temem a morte. Afinal, a morte significa a renovação, o final de um ciclo, e, logo o início de outro. A morte metaforicamente limpa a terra para a plantação de novas culturas. Traz como semântica a ideia de grande transformação que está por vir.
 
Enfim, é o anúncio de mudanças involuntárias que ocorrerão, quer você queira ou não, mas é importante aceitar e aprender com essas mudanças como parte da dialética da transformação.
 
O tarô é jogo composto por setenta e oito cartas, sendo que há 22 dessas que são chamadas de Arcanos maiores e as cinquenta e seis restantes são compostas por cartas de baralho normal, tendo inclusive naipes tais como copas, outros, espadas e paus.
 
Cada lâmina vem com ilustração com significado que forma um panorama da vida de quem se consulta. As imagens trazem tanto mensagens positivas ou negativas, relacionadas ao passado, ao presente e ao futuro. Tudo depende de onde vier aparecer no jogo.
 
Os arcanos maiores costumam abordar sobre o eu interior, da individualidade, enquanto que os arcanos menores, ou as cartas comuns, falam do eu exterior, da personalidade da pessoa. Há quem acredite que é possível através do tarô realizar uma análise geral da sua vida, tirando dúvidas e até fazer previsões sobre os próximos meses.
 
Não há registro seguros a respeito da origem do tarô, mas uns acreditam que tenha surgido no Egito, onde foram encontrados pratos com pinturas parecidas com as imagens das cartas. Por outro viés, há uma lenda, porém que agrada mais as pessoas e que conta que surgiu com livro de Toth, ou Hermes, segundo a mitologia grega.
 
Consta que após a biblioteca de Alexandria pegou fogo, na Idade Média, os sábios queriam pensar em uma maneira de registrar seus conhecimentos, sem correrem o risco de serem pegos ou terem seus trabalhos destruídos pelos cristãos ortodoxos. E, por isso, criaram livro com figuras que ilustravam as verdades mais profundas que cogitam sobre a humanidade.
 
Já por volta de século XIV, as cartas com essas imagens chegaram à Europa, principalmente tido como jogo de entretenimento, mas com o tempo as pessoas foram desvendando suas mensagens.
 
Existem vários tipos de tarô, todos com o mesmo propósito, que é trazer o autoconhecimento. Cada tipo de tarô traz um complemento à leitura.
 
Há o tarô de Marselha, que é o clássico, com as imagens mais conhecidas. O tarô mitológico que traz os mitos gregos em suas cartas, o que aprofunda mais a leitura com os arquétipos de deuses e mitologia. E, o tarô egípcio que trazem os ícones relacionados à cultura e às lendas do Egito.
 
O tarô é um dos mais elaborados da história, é o Tarô de Crowley, ou Toth que foi projetado pelo influente ocultista britânico Aleister Crowley e ilustrado por Lady Frieda Harrys.

Diferente dos demais, suas cartas rompem com a iconografia clássica e suas ilustrações são repletas de detalhes, sendo acompanhado por cores fortes e vibrantes. Tais cartas são muito bem elaboradas e extremamente difíceis de serem interpretadas.
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 10/10/2020
Código do texto: T7084370
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