CONSUMIDORES DE DROGAS
CONSUMIDORES DE DROGAS
“ O tempo corre apressado no campo, na rua, em casa, tudo passa velozmente se a pessoa não se atrasa.”(Cornélio Pires).
Nova estatística revela que homem branco, jovem e de classe A é maior consumidor de droga. Discordamos em parte desse levantamento trivial. “O Brasil tem um problema diferenciado se comparado, por exemplo, aos Estados Unidos. Lá, houve uma grande segregação racial e todo um movimento de cotas afirmativas. Políticas afirmativas é uma questão americana. Mas o Brasil tem uma diferença muito grande em relação ao tratamento dado aos Estados Unidos, por que lá não houve essa miscigenação racial que houve no Brasil”. A pobreza no Brasil diminuiu significativamente na década de 90. O número absoluto de pobres (pessoas com renda per capita inferior a R$ 75,50, em valores de 2000) encolheu em 5 milhões entre 1992 e 2001. Esses indicadores, no entanto, ocultam uma realidade perversa: no mesmo período, o total de negros pobres, na contramão da tendência, aumentou em 500 mil. Ou seja, para cada 11 não-negros que escaparam da pobreza, 1 negro ficou pobre. Olhos que não vêem; boca que não fala; corpo que não sente são situações pertinentes ao brasileiro que assustam a gente. “Um pobre rapaz, aparentando de 25 a 30 anos e conhecido como “Papoula no bairro onde mora, nervoso, lábios e mãos trêmulas, o moço não cessava de chorar. Em algumas ocasiões enxugava as lágrimas com as costas das mãos, acompanhado de soluços, tentou falar.
Não conseguia e ao debruçar-se sobre a mesa e, decorridos alguns minutos, mais aliviado se abriu. Fora um viciado em cocaína afirmava. E ainda não sei se estou livre dessa maldita droga. História como essas são contadas por inúmeros jovens que procuram escape ou desculpas na dependência que a droga proporciona. Há mais de quatro meses deixei de cheirar e não agüento mais. A droga provoca a síndrome da abstinência. Pela rua uma criança a brincar o futuro não existe além do sol quadrado. Essa situação acontece aos traficantes de deixam sua marca fixada na vida de jovens, adultos e até mesmo crianças que entram no mundo das drogas. Deixaremos exemplos até mesmo como valorizar e acreditar em um país desacreditado. É uma pena ter que afirmamos essa assertiva sobre nosso querido Brasil. Aqui ninguém leva nada a sério. Infelizmente! “Quem consome drogas é o garoto de elite. São homens jovens e brancos solteiros, de alta renda, que vivem nas capitais do Sudeste e freqüentam uma instituição privada de ensino: 625 da classe A. com cartão de crédito, segundo pesquisadores”. Jornal O Povo – Brasil, fale com a gente, 24/10/2007, pag. 12. Se a droga não for enumerada podemos aquilatar que mais de 90% da população brasileira está nesse écran, nesse rol, visto que o álcool apesar de ser a mais perigosa de todas é vendido abertamente e o governo arrecada milhões de impostos com o uso do álcool. Poderemos incluir nessa estatística o cigarro também, já que o mesmo causa dependência nos usuários. Em valores atualizados, a despesa média com drogas das pessoas declarou o IBGE ( Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) consumir maconha, lança-perfume ou cocaína é de R$ 75 por mês. É muito dinheiro jogado na lama, são cânceres que viram no futuro e deixaram muitas famílias órfãs. O governo precisa agir, visto serem as drogas o vetor mais forte da violência, da degradação da sociedade e da família brasileira.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E ACADÊMICO DA ALOMERCE