Dois Palácios

NESTE confinamento recorro muito à literatura para me distrair. Dou preferência aos romances. Viajo no tempo, por cenários diversos. Agora mesmo estou lendo o romance "Entre Dois Palácios" (o primeiro de uma trilogia) é da autoria de u romancista egípcio, Nagib Marfuz (ganhador do Prêmio Nobel). A história se passa no Egito quando ainda nao era independente. Contando a vida de uma família, ele conta a vida do seu povo, usos e costumes, me faz sentir nas ruelas e pontos pitorescos do Cairo, dentre a população.Juro. Um romance arretado, já estou na metade, são mais de setecentas páginas.

Quando viu a capa do livro, minha neta, notando que era um livro escrito por um árabe, riu e perguntou como eu aguentava ler um livro escrito por alguem de um povo tão atrasado. dei uma aradinha para explicar a ela que os árabes são responsáveis por muita coisa boa e possuem uma história linda.Falei na Biblioteca de Alexandria,e disse que, por exemplo, Bagdá,no Iraque, fora o centro do mundo que acolheu todas as religiões, filosofias, ciências e bibliotecas. Que foi lá que durnte 500 anos sediou as iniciativas cientificas,inclusive a medicina e as conquistas culturais. Lembrei a ela que foram os árabes que inventaram os algarismos arábicos, 1, 2, 3 ... E o importante zero. Que são palavrs árabes: Nadir, Zênite, Alquimia, Cifra, Álcool, Alcalino... Inventaram a Álgebra. Deram nome às estrelas, Vega, Betelgeuse, Algebar, Deneb, Acrab, Kitalpha... Mas que esse avanço fora interrompido pelo fundamentalismo religioso. Disse até que Platão e Aristóteles condenaram a matemática txando-a de filosofia diabo. Mas ela nem ligou. Infelizmente, o fundamentalismo apagou ahistoria dos árabes. De quem somos todos devedores. Juro. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 06/10/2020
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