CONSEQUÊNCIAS DA PANDEMIA 2

Escolas

A divulgação da pandemia passou na rede escolar como um furacão de categoria cinco. Fecha tudo, foi a ordem geral.

Crianças assintomáticas são vetores preferenciais do vírus e podem dizimar os professores portadores de comorbidades e sequelados pelos desgastes da profissão.

Algum pedagogo de plantão chegou à conclusão que o ideal seriam as aulas via internet, mas a maioria dos alunos da rede pública não tem sequer telefone, quanto mais internet instalada em casa, quando tem casa.

Estamos no décimo mês do ano e até agora, a paquidérmica administração pública não chegou à conclusão de como resolver o problema do ano letivo e como agir para que o conteúdo programático chegue a todos discentes.

Sou 100% a favor do ensino à distância, mas o aprendizado depende do grau de maturidade de quem assiste as aulas e, principalmente, do estímulo para a pesquisa no material de apoio indicado a fim de complementar o conhecimento que foi transmitido e cobrir prováveis falhas de comunicação.

Desconheço se em algum canto desse Brasilzão, algum professor recebeu treinamento para operar a parafernália eletrônica necessária para ministrar tais aulas.

Uma dessas mentes brilhantes que surgem de vez em quando com as ideias mais estapafúrdias do mundo acha que os alunos concluintes do nível médio (aqueles que farão vestibular ou prova do ENEM), devem ter aulões, tipo aula espetáculo dos antigos cursinhos, para gravar mnemônicas e outras alternativas para responderem às questões.

É mais um tapa-buraco, do tipo cota racial, onde o candidato é avaliado por qualquer coisa, menos por seu conhecimento sobre como resolver as questões propostas das matérias em análise.

E essas vítimas do método Paulo Freire (o educador de bosta) incapazes de interpretar textos ou resolver problemas aritméticos ficarão perdidos, como o cachorro que caiu do caminhão de mudança, diante dos assuntos que serão tratados nas grades curriculares dos cursos de graduação a que forem destinados, porque graças às alternativas do SISU, o candidato pode optar por cursos tão díspares quanto Oceanografia, Biblioteconomia ou Enfermagem.