Justiça social é sua ação não uma lei

Reluto em crer nas verdades das esquinas do mundo. Estas, mostram o amor real do ser humano, por seu semelhante. Choro ao ver inocentes pedindo dinheiro, dignidade, sombra, paz para sua impotência, frente às “justiças sociais”. Nossos pequenos, desde a mais tenra idade, vendem água, bala, seu corpo puro, para matar a sede, enganar a fome e outras tantas mazelas do homem, contra si.

Tudo isto se faz necessário para sobrar alguns trocados e inteirar o aluguel, este não pode faltar. As pessoas não querem voltar para baixo da ponte. Aliás, quem saiu perdeu o último teto coberto.

Reluto em acreditar que o motorista do carrão importado, vendo uma criança mendigando pão, não tenha tempo de parar, comprar duas garrafas de água. Não levar nenhuma e sair com um sorriso no rosto que diz: “parece pouco, mas ajudei”.

Hoje, o mundo que vivemos evolui para trás. Experimente sair de casa, ajude alguém que agoniza com uma doença terminal. E não dispõem de dinheiro para um anestésico. Nesta hora reflita, sobre a justiça da verba de fundo partidário, plano hospitalar sem limites de gastos para políticos e familiares. Deixe a zona de conforto para quem crê na justiça dos homens, das leis.

Feito isto, entre em uma loja e compre algo inútil. Um perfume caro, celular último tipo, ou um “treco” de ostentação, da moda. Compre as sombras dos Olmos. Algo que faz de você, desta sua atitude, “o cara com moral”. Então perceberá o verdadeiro peso da palavra dor, justiça, leis e muitos outros absurdos mentirosos, feitos pelo homem, contra seu irmão.

Depois de um único dia percebendo a justiça, em comparação aquilo que você viu nas esquinas, e ainda assim dormir tranquilo, cuidado, faz jus ao fundo partidário.

Contudo, caso se sinta indignado ante isto, não esmoreça. Mesmo tendo um lar, pão quentinho, teto para dormir, lembre-se das ruas, o valor das roupas, óculos e outras bugigangas.

Amanhã, volte às esquinas, venda água, picolé e só “arrede” o pé, das esquinas, quando encontrar o futuro do mundo, sorrindo, brincando, correndo...

... sendo criança.

O escritor do lago

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Paulo Cesar Santos
Enviado por Paulo Cesar Santos em 05/10/2020
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