Papa cita Vinicius de Moraes
COMO já afirmei diversas vezes sou admirador do papa Francisco, Acho que é o único líder mundial de verdade. .Recentemente lançou mais uma encíclica, "Todos Irmãos" (Fratelli Tutti,em italiano). Não vou comentar toda a encíclica até porque dela só li apenas trechos. Mas se trata, claro, de um documento com forte conteúdo social, defesa dos excluídos, apeloà fraternidade e diálogo entre os povos, além de crítica contundente a voracidade do mercado materialista e do capitlismo selvagem.
Num trecho desse documento o papa cita um verso do saudoso compositor e poeta brasileiro (homem de esquerda) Vinicius de Moraes. É no sexto capítulo, segundo o noticiário, dedicado ao diálogo e à amizade social. Francisco cita um verso do "Samba da Benção": "A vida é a art do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida".
Ele afirma que já fez várias vezes convites para fazer nascer uma cultura do encontro que sempre a dialética que coloca um contra o outro . Diz: "É um estado de vida que tende a formar aquele poliedro que tem mitas faces, muitos lados, mas todos compõem uma unidade rica de certezas, porque o todo é superior a parte".
O papa nessa encíclica ataca o consumismo, a globalização implacável, o liberalismo econômico, a tirania da propriedade privada sobre o direito dos bens comuns, a falta de empatia comos imigrantes e o controle que as empresas digitais exercem sobre a população e a informação.
Sobre a pandemia:
"Além das várias respostas dadas por diferentes países, ficou evidente a incapacidade de agir em conjunto. Apesar de hiperconectado houve uma fragmentação que dificultava a solução dos problemas que afetam a todos (...) O medo avançava implacavelmente para uma economia que, com os avanços tecnológicos, buscava reduzir os 'custos humanos', e alguns querem que acreditemos que mercados livres bastam para que tudo esteja garantido. Mas o duro e inesperado golpe desta pandemia descontrolada obrigou-nos pela força a pensar de novo no ser humano, em todos, muito mais que em benefício de alguns".
Vamos ler na íntegra a encíclica. É uma luz a iluminar o caminho da humanidade.E o papa demonstrou que lê os poetas, sobretudo os libertários,até porque no fascismo sóhá lambe botas de tiranete de plantão. A enciclica teeeve o toque do Samba da Benção. Inté.