A ESPERA
Bem, talvez você esteja pensando que vou falar de uma espera nos aeroportos do país, numa sala de um consultório médico, numa fila de banco, lotérica entre outros. Errou. Vou falar da espera de um morto. De um morto? Sim de um morto. Vamos ao que interessa na verdade.
Um cidadão ao sair do seu trabalho e já retornava para casa, sofreu um atentado que ocasionou sua morte. Isso entre 23h e 01h da madrugada de um dia desses. Pois é, mais ou menos isso ai. Primeiro ninguém ouviu os disparos, nem os gritos para que pudessem socorrer a vitima. Lá onde caiu ficou.
Passaram-se as horas até as sete da manhã e o corpo ainda continuava lá. A perícia só chegou as 10:00h da manhã, a polícia minutos antes, como também a criminalística. Reviraram o morto para lá e para cá, simplesmente para contarem os furos e justificarem sei lá o que. Como se não bastasse uma multidão acompanhava a tudo sem nenhum sentimento, a não ser o dos familiares. E o carro do IML? Esse ainda não tinha aparecido às 11h. Pois é, a espera continuava.
Talvez em outra hipóteses eles já deixaria o morto na própria casa, já que era perto. Não é atôa que, além da saúde, Educação, o sistema de segurança também esta falido e o povo continua a esperar. Mas voltando ao caso do assassinado ele continua a esperar.
Os estados do Rio de Janeiro e Alagoas parecem ser até vizinhos, pois seus fatos políticos são muito complicados. Embora o Rio agora esta se usando a ordem, enquanto meu estado Alagoano está à mercê da marginalidade e descaso social. Na verdade temos que esperar.
Esperar? O que? Quando? Onde?
Meu Deus!
Não consigo mais esperar, e agora?
Ah! Quanto ao morto levaram e quem vai esperar agora é a família pela liberação do mesmo.
Enquanto você lia, eu esperava aqui para ver quantos fariam isto com minha crônica. Mesmo você tendo lido ainda espero outros lerem. Quanto ao crime, a sociedade vai continuar a esperar por resultados de elucidação do crime. Porque não também da saúde e Educação entre outros:
Esperem..................
......................................façam alguma coisa.
Miguel Nascimento