Sobre abrir mão dos pesos e abraçar a suavidade

O melhor estágio da vida é aquele que a gente abre mão dos pesos para abraçar a suavidade. Deixamos de lado alguns pensamentos e projetos fúteis, porque o nosso foco é o progresso. Temos sede de atingir novos patamares, explorar outros horizontes e adquirir novas experiências.

Os tropeços são vistos através de outro ângulo. Reconhecemos a importância dos tombos durante o processo. Não nos frustramos com a partida de algumas pessoas, pois temos sabedoria para entender que é melhor deixar ir, ao invés de estar próximo de energias pesadas. Se não soma, a gente elimina do círculo de amigos. E fica tudo bem. Nessa fase da vida, as amizades já não são tantas. 

Viver em função dos outros? Nem pensar. Só buscamos satisfazer a nós mesmos. E isso basta. Perder tempo justificando as nossas ações para as pessoas? Em hipótese alguma. As percepções de terceiros não agregam em nada. 

Entendemos, de uma vez por todas, que ter alguém para dividir a vida é maravilhoso. Mas se não tiver, isso não será motivo de desespero e angústia, porque aprendemos a viver na solitude. Trocamos aperto de mente por aperto de mão. Olha que maravilha!

Deixamos de fazer questão por bens materiais, porque estamos centrados no cuidado com o espírito. Os detalhes e gestos singelos são mais atraentes. Os nossos sonhos, por sua vez, são cultivados com delicadeza, e a luta por eles aumenta. Afinal, se não nós, quem fará isso?

Tenho que admitir que eu quero viver nesse estágio da vida para sempre. E, se houver necessidades de experimentar outros, que eu leve comigo os hábitos saudáveis e o sossego que encontrei neste.