Next stop Carioca station,
landing on the right side.
Mal para na Estação Carioca, o trem sai outra vez correndo ligeiro e desaparece na curva do trilho. Todo dia, toda noite faz o mesmo circuito.
Ravenala tenta desembarcar, mas não consegue abrir caminho entre os passageiros. Fica presa antes do vão da porta. Passa do ponto de descer.
Na estação seguinte, arrastou a bolsa de uma senhora que se pôs a gritar: Larga... larga...larga minha bolsa…
A alça se rompe. A bolsa fica.
A passageira desconhecida, sai. A dona da bolsa esbraveja, xinga, e na próxima estação também se vai.
Antes de desembarcar, Ravenala olha para trás.
Aquele homem do primeiro vagão, não usava terno. Não era, portanto, o cavalheiro que a ajudara no dia do acidente na plataforma do trem.
O passageiro desconhecido, desce sem se despedir de ninguém. Não abraçou, não deu bom dia. Do mesmo modo, todos se vão. Cada um que desce na estação é apenas um passageiro.
Cada rosto que passa, não deixa rastro da fisionomia. Ninguém conhece ninguém. Não sabe o nome que o outro tem, nem onde mora. Tanto o nobre, quanto o pobre, não tem nome. É apenas passageiro do trem.
Transeuntes caminham apressados. Sozinha na movimentada Barão de Rio Branco, ela vai pela calçada.
À altura do peito, uma rosa vermelha desabrochada, crava seu coração. Ninguém, investe nela um olhar, por mais desinteressado que seja. Ninguém tem tempo.
Segue.
Percorre o desconfortável caminho do anonimato e entra em sua loja de informática.
Tudo organizado. Funcionários a postos e sorridentes esperam o freguês.
Ravenala mistura–se no meio dos empregados. Não se sente dona de nada, apenas administra aquilo que lhe fora confiado por empréstimo.
Agradece a proteção divina, e ao mesmo tempo, questiona no silêncio de seu coração: “ O Senhor tem muitos filhos! Por que não me emprestar um deles? Prometo devolver multiplicado.”
A hora é chegada.
Não ainda o momento de encontrar seu par, mas de tomar o chá das dezessete e trinta.
landing on the right side.
Mal para na Estação Carioca, o trem sai outra vez correndo ligeiro e desaparece na curva do trilho. Todo dia, toda noite faz o mesmo circuito.
Ravenala tenta desembarcar, mas não consegue abrir caminho entre os passageiros. Fica presa antes do vão da porta. Passa do ponto de descer.
Na estação seguinte, arrastou a bolsa de uma senhora que se pôs a gritar: Larga... larga...larga minha bolsa…
A alça se rompe. A bolsa fica.
A passageira desconhecida, sai. A dona da bolsa esbraveja, xinga, e na próxima estação também se vai.
Antes de desembarcar, Ravenala olha para trás.
Aquele homem do primeiro vagão, não usava terno. Não era, portanto, o cavalheiro que a ajudara no dia do acidente na plataforma do trem.
O passageiro desconhecido, desce sem se despedir de ninguém. Não abraçou, não deu bom dia. Do mesmo modo, todos se vão. Cada um que desce na estação é apenas um passageiro.
Cada rosto que passa, não deixa rastro da fisionomia. Ninguém conhece ninguém. Não sabe o nome que o outro tem, nem onde mora. Tanto o nobre, quanto o pobre, não tem nome. É apenas passageiro do trem.
Transeuntes caminham apressados. Sozinha na movimentada Barão de Rio Branco, ela vai pela calçada.
À altura do peito, uma rosa vermelha desabrochada, crava seu coração. Ninguém, investe nela um olhar, por mais desinteressado que seja. Ninguém tem tempo.
Segue.
Percorre o desconfortável caminho do anonimato e entra em sua loja de informática.
Tudo organizado. Funcionários a postos e sorridentes esperam o freguês.
Ravenala mistura–se no meio dos empregados. Não se sente dona de nada, apenas administra aquilo que lhe fora confiado por empréstimo.
Agradece a proteção divina, e ao mesmo tempo, questiona no silêncio de seu coração: “ O Senhor tem muitos filhos! Por que não me emprestar um deles? Prometo devolver multiplicado.”
A hora é chegada.
Não ainda o momento de encontrar seu par, mas de tomar o chá das dezessete e trinta.